assunto(s) águia real
A águia-real ou, raramente, águia-dourada (Aquila chrysaetos) é uma ave de rapina de hábitos diurnos, da família Accipitridae. Habita em grande parte do Hemisfério Norte: Europa Ocidental, Norte da África e grande parte da América do Norte.
Características físicas
Comprimento: 66 a 100 cm
Envergadura de asas: 150 a 250 cm
Peso: 2,5 a 12 kg
Como em todas as aves de rapina, as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos.
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Alimentação
Alimenta-se de tarântulas, morcegos, pássaros, coelhos, ratos, toupeiras, répteis, lebres e carniça.
Reprodução
A época de reprodução inicia-se em meados de janeiro e prolonga-se até maio-setembro, podendo variar de acordo com a zona geográfica. Cada casal pode ter até 10 ninhos, mas só 2-3 são usados em rotação. Alguns casais usam o mesmo ninho cada ano, enquanto outros alternam os anos. O mesmo ninho pode ser utilizado por gerações. O ninho é normalmente construído num precipício alto. Entretanto, podem ser utilizadas árvores quando não há precipícios disponíveis. O local de nidificação preferido é onde a presa pode ser avistada facilmente. O ninho pode atingir dimensões enormes, se o local o permitir. Alguns ninhos de precipício medem 2,5 a 3 m de diâmetro por 1 a 1,20 m de espessura. O ninho é volumoso e composto de varas, ramos, raízes, ervas daninhas e mato. A fêmea é responsável pela maior parte do período de incubação, embora o macho ajude frequentemente. A postura pode ser de 1-4 ovos; no entanto, é mais comum ser de dois ovos. A cor dos ovos é branco sujo, com manchas castanhas ou castanho-avermelhadas. A incubação dura 35-45 dias. As crias que nascem primeiro são mais fortes e, frequentemente, matam os irmãos menores e mais fracos, sem que os pais interfiram. O filhote é dependente dos pais durante 30 dias ou mais.
[editar]Comportamento
Formam casais, e um casal precisa até 55 km de território para caçar. A velocidade comum durante o voo é de 45 a 50 km/h; foram registados mergulhos que variam de 240 km/h a 320 km/h para capturar a presa. No Alasca e no Canadá, os exemplares de águia-real viajam, na maioria, para sul no outono, quando a comida começa a faltar no norte. Mas nem todos migram; alguns permanecem no Alasca, no Canadá meridional e no norte dos EUA.
[editar]Habitat
Ocorre na Eurásia, no Norte de África e na América do Norte.
Em Portugal, nidifica no Parque Nacional Peneda-Gerês e nos troços internacionais dos rios Douro e Tejo e respetivos afluentes.
A área de procriação na América do Norte inclui o México norte-central, a zona ocidental dos Estados Unidos – Dakotas, Kansas e Texas –, o Alasca e o norte do Canadá. Durante o inverno, avistam-se exemplares no Alasca meridional e no Canadá e no oeste dos Estados Unidos e do México. São vistos alguns no estado do Minnesota todos os outonos durante a migração e ocasionalmente no rio Mississippi durante o inverno.
A águia-real é protegida pelo governo dos Estados Unidos e considerada ameaçada de extinção. A caça, a eliminação de presas por alteração do habitat natural e o envenenamento por mercúrio são os fatores principais que limitam as populações desta ave. A águia-real abandona o ninho, mesmo durante a incubação, se for perturbada.
[editar]Sub-espécies
Existem 5 sub-espécies de águias-reais:
Aquila chrysaetos canadensis
Aquila chrysaetos chrysaetos
Aquila chrysaetos daphanea
Aquila chrysaetos homeyeri – sub-espécie presente na península Ibérica
Aquila chrysaetos japonica – sub-espécie inglesa
Curiosidades
Uma águia pode transportar até 30 kg em voo.
A águia-real é conhecida por mergulhar para capturar a presa a velocidades calculadas entre 240 e 320 m.
Já se viram águias-reais capturar animais voadores tão grandes como tarântulas.
Foram também vistas, ocasionalmente, comendo morcegos putrefatos.
Pode acontecer um peixe ser derrubado na água 6 ou 7 vezes antes de ser consumido pela águia[1
↑ Grandes Migrações Nat.Geo HD
quarta-feira, 28 de março de 2012
assunto(s) Bromélia
Bromeliaceae Juss. é, segundo o sistema APG II de 2003, uma família de plantas floríferas pertencente à ordem Poales, representada pelas bromélias (Bromelia sp.).
São quase exclusivamente originárias das Américas, principalmente das florestas tropicais, com apenas um gênero originário da costa da África Ocidental, no Golfo da Guiné. São aproximadamente 1.400 espécies em 57 gêneros. O gênero Ananas é muito cultivado na América do Sul para se produzir a fruta abacaxi. O gênero Bromelia é cultivado em todo mundo para o paisagismo de jardins.
Bromeliaceae Juss. é, segundo o sistema APG II de 2003, uma família de plantas floríferas pertencente à ordem Poales, representada pelas bromélias (Bromelia sp.).
São quase exclusivamente originárias das Américas, principalmente das florestas tropicais, com apenas um gênero originário da costa da África Ocidental, no Golfo da Guiné. São aproximadamente 1.400 espécies em 57 gêneros. O gênero Ananas é muito cultivado na América do Sul para se produzir a fruta abacaxi. O gênero Bromelia é cultivado em todo mundo para o paisagismo de jardins.
assunto(s) gambá
O gambá (também chamado mucura, na Amazônia e na Região Sul do Brasil, sarigué, sariguê, saruê ou sarigueia, na Bahia, timbu ou cassaco, de Pernambuco ao Ceará, micurê, no Mato Grosso e raposa, no Paraná, taibu, tacaca, saurê ou ticaca[1]) é um mamífero marsupial que habita desde o sul dos Estados Unidos até a América do Sul. É um dos maiores marsupiais da família dos didelfídeos. Pertence ao gênero Didelphis. São onívoros. Na natureza, têm, como principal predador, o gato-do-mato (Leopardus spp.), enquanto que, nas cidades, são, frequentemente, atropelados por terem a visão ofuscada pelos faróis e por terem pouca mobilidade – exceto nas árvores. São, por vezes, confundidos com o cangambá (Mephitis mephitis), que, embora semelhante, não é um marsupial, mas um mustelídeo.
Etimologia
"Gambá" procede do termo tupi gã'bá, que significa "seio oco"[2] (uma referência ao marsúpio onde as fêmeas criam seus filhotes). "Mucura" e "micurê" procedem do tupi muku'ra[3]. "Sarigué", "sariguê", "sarigueia", "saurê" e "saruê" procedem do tupi sari'wê[4]. "Timbu" é de possível origem tupi[5]. "Raposa" procede do castelhano antigo rabosa rabo[6]. "Tacaca" e "ticaca" procedem do tupi mba'é taka, que significa "coisa ruidosa"[7].
Características
Os gambás são animais com quarenta a cinquenta centímetros de comprimento, sem contar com a cauda, que chega a medir quarenta centímetros. Têm um corpo parecido com o rato, incluindo a cabeça alongada, mas com uma dentição poliprotodonte (fórmula dental: 5/4, 1/1, 3/3, 4/4 = 50). A cauda tem pelos apenas na região proximal, é escamosa na extremidade e é preensil, ou seja, tem a capacidade de enrolar-se a um suporte, como um ramo de árvore. As patas são curtas e têm cinco dedos em cada mão, com garras; o hálux (primeiro dedo das patas traseiras) é parcialmente oponível e, em vez de garra, possui uma unha. Têm marsúpio e, ao contrário da maioria dos marsupiais, sua cauda é menor que seu corpo.
Gambá fêmea, com a bolsa marsupial cheia de filhotes Os gambás podem reproduzir-se três vezes durante o ano, dando dez a vinte filhotes em cada gestação, que dura de doze a catorze dias. Como nos restantes marsupiais, ao invés de nascerem filhotes, nascem embriões com cerca de um centímetro de comprimento, que se dirigem para o marsúpio, onde ocorre uma soldadura temporária da boca do embrião com a extremidade do mamilo. Os filhotes permanecem no marsúpio até quatro meses e, quando crescem mas não são ainda capazes de viver sozinhos, são transportados pela mãe em seu dorso. Em cativeiro, o período de vida é de dois a quatro anos.
Comportamento
Os gambás não vivem em grupos, mas, na época da reprodução, eles formam casais e constroem ninhos com folhas e galhos secos em buracos de árvores.
Seus hábitos são noturnos. Por isso, quando começa escurecer, o gambá sai de seu abrigo para caçar e coletar alimentos. Sendo um animal onívoro, se alimenta praticamente de tudo, como: raízes, frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos (caranguejos encontrados em zonas de manguezais), anfíbios, serpentes, lagartos e aves (ovos, filhotes e adultos).
Embora possuam uma grande diversidade de presas, os gambás são animais de movimentos lentos e de pouca agilidade, exceto para trepar em árvores, utilizando a cauda preensil.
Os gambás produzem um líquido fétido através das glândulas axilares. Esse líquido é utilizado pelo animal como defesa. Na fase do cio, a fêmea costuma exalar este odor para atrair os machos. Outra estratégia para escapar dos perigos é o comportamento de fingir-se de morto até que o atacante desista. O gambá tem especial predileção por sangue[8].
Gambá da América do Norte, com pelagem de inverno
Os gambás podem ser encontrados em várias regiões das Américas, desde o Canadá até a Argentina. No território brasileiro, há pelo menos quatro espécies:
Didelphis aurita - gambá-de-orelha-preta: em todo o estado de São Paulo, principalmente nas regiões de Mata Atlântica deste e dos estados próximos; ocorre também no norte do Rio Grande do Sul e na Amazônia;
Didelphis albiventris - gambá-de-orelha-branca: Brasil Central, especialmente no Estado de São Paulo e no Rio Grande do Sul; também endêmico no Nordeste, especialmente Pernambuco, Paraíba e adjacências, onde é denominado timbu;
Didelphis marsupialis – gambá-comum: desde o Canadá ao norte da Argentina e Paraguai; no Brasil, principalmente na região amazônica
Didelphis paraguaiensis - Rio Grande do Sul e Mato Grosso, podendo também ser encontrado no Paraguai.
Didelphis virginiana - gambá-da-virgínia: desde o Canadá ao norte da Argentina.
Espécies
Didelphis albiventris Lund, 1840 - gambá-de-orelha-branca
Didelphis aurita Wied-Neuwied, 1826 - gambá-de-orelha-preta
Didelphis imperfecta Mondolfi e Pérez-Hernández, 1984
Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 - gambá-comum (um exemplar desta espécie foi o primeiro marsupial a ser conhecido pelos europeus. Segundo a História da América, Vicente Yáñez Pinzón foi quem, em 1500, levou este animal para a Europa, o que causou estranheza, uma vez que os marsupiais, na Europa, haviam se extinguido no período terciário, há mais de 60 000 000 de anos.)
Didelphis pernigra J.A. Allen, 1900
Didelphis virginiana Kerr, 1792 - gambá-da-virgínia
†Didelphis solimoensis
O gambá (também chamado mucura, na Amazônia e na Região Sul do Brasil, sarigué, sariguê, saruê ou sarigueia, na Bahia, timbu ou cassaco, de Pernambuco ao Ceará, micurê, no Mato Grosso e raposa, no Paraná, taibu, tacaca, saurê ou ticaca[1]) é um mamífero marsupial que habita desde o sul dos Estados Unidos até a América do Sul. É um dos maiores marsupiais da família dos didelfídeos. Pertence ao gênero Didelphis. São onívoros. Na natureza, têm, como principal predador, o gato-do-mato (Leopardus spp.), enquanto que, nas cidades, são, frequentemente, atropelados por terem a visão ofuscada pelos faróis e por terem pouca mobilidade – exceto nas árvores. São, por vezes, confundidos com o cangambá (Mephitis mephitis), que, embora semelhante, não é um marsupial, mas um mustelídeo.
Etimologia
"Gambá" procede do termo tupi gã'bá, que significa "seio oco"[2] (uma referência ao marsúpio onde as fêmeas criam seus filhotes). "Mucura" e "micurê" procedem do tupi muku'ra[3]. "Sarigué", "sariguê", "sarigueia", "saurê" e "saruê" procedem do tupi sari'wê[4]. "Timbu" é de possível origem tupi[5]. "Raposa" procede do castelhano antigo rabosa rabo[6]. "Tacaca" e "ticaca" procedem do tupi mba'é taka, que significa "coisa ruidosa"[7].
Características
Os gambás são animais com quarenta a cinquenta centímetros de comprimento, sem contar com a cauda, que chega a medir quarenta centímetros. Têm um corpo parecido com o rato, incluindo a cabeça alongada, mas com uma dentição poliprotodonte (fórmula dental: 5/4, 1/1, 3/3, 4/4 = 50). A cauda tem pelos apenas na região proximal, é escamosa na extremidade e é preensil, ou seja, tem a capacidade de enrolar-se a um suporte, como um ramo de árvore. As patas são curtas e têm cinco dedos em cada mão, com garras; o hálux (primeiro dedo das patas traseiras) é parcialmente oponível e, em vez de garra, possui uma unha. Têm marsúpio e, ao contrário da maioria dos marsupiais, sua cauda é menor que seu corpo.
Gambá fêmea, com a bolsa marsupial cheia de filhotes Os gambás podem reproduzir-se três vezes durante o ano, dando dez a vinte filhotes em cada gestação, que dura de doze a catorze dias. Como nos restantes marsupiais, ao invés de nascerem filhotes, nascem embriões com cerca de um centímetro de comprimento, que se dirigem para o marsúpio, onde ocorre uma soldadura temporária da boca do embrião com a extremidade do mamilo. Os filhotes permanecem no marsúpio até quatro meses e, quando crescem mas não são ainda capazes de viver sozinhos, são transportados pela mãe em seu dorso. Em cativeiro, o período de vida é de dois a quatro anos.
Comportamento
Os gambás não vivem em grupos, mas, na época da reprodução, eles formam casais e constroem ninhos com folhas e galhos secos em buracos de árvores.
Seus hábitos são noturnos. Por isso, quando começa escurecer, o gambá sai de seu abrigo para caçar e coletar alimentos. Sendo um animal onívoro, se alimenta praticamente de tudo, como: raízes, frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos (caranguejos encontrados em zonas de manguezais), anfíbios, serpentes, lagartos e aves (ovos, filhotes e adultos).
Embora possuam uma grande diversidade de presas, os gambás são animais de movimentos lentos e de pouca agilidade, exceto para trepar em árvores, utilizando a cauda preensil.
Os gambás produzem um líquido fétido através das glândulas axilares. Esse líquido é utilizado pelo animal como defesa. Na fase do cio, a fêmea costuma exalar este odor para atrair os machos. Outra estratégia para escapar dos perigos é o comportamento de fingir-se de morto até que o atacante desista. O gambá tem especial predileção por sangue[8].
Gambá da América do Norte, com pelagem de inverno
Os gambás podem ser encontrados em várias regiões das Américas, desde o Canadá até a Argentina. No território brasileiro, há pelo menos quatro espécies:
Didelphis aurita - gambá-de-orelha-preta: em todo o estado de São Paulo, principalmente nas regiões de Mata Atlântica deste e dos estados próximos; ocorre também no norte do Rio Grande do Sul e na Amazônia;
Didelphis albiventris - gambá-de-orelha-branca: Brasil Central, especialmente no Estado de São Paulo e no Rio Grande do Sul; também endêmico no Nordeste, especialmente Pernambuco, Paraíba e adjacências, onde é denominado timbu;
Didelphis marsupialis – gambá-comum: desde o Canadá ao norte da Argentina e Paraguai; no Brasil, principalmente na região amazônica
Didelphis paraguaiensis - Rio Grande do Sul e Mato Grosso, podendo também ser encontrado no Paraguai.
Didelphis virginiana - gambá-da-virgínia: desde o Canadá ao norte da Argentina.
Espécies
Didelphis albiventris Lund, 1840 - gambá-de-orelha-branca
Didelphis aurita Wied-Neuwied, 1826 - gambá-de-orelha-preta
Didelphis imperfecta Mondolfi e Pérez-Hernández, 1984
Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 - gambá-comum (um exemplar desta espécie foi o primeiro marsupial a ser conhecido pelos europeus. Segundo a História da América, Vicente Yáñez Pinzón foi quem, em 1500, levou este animal para a Europa, o que causou estranheza, uma vez que os marsupiais, na Europa, haviam se extinguido no período terciário, há mais de 60 000 000 de anos.)
Didelphis pernigra J.A. Allen, 1900
Didelphis virginiana Kerr, 1792 - gambá-da-virgínia
†Didelphis solimoensis
assunto(s) o joão de barro
O joão-de-barro ou forneiro (Furnarius rufus) é uma ave Passeriforme da família Furnariidae. É conhecido por seu característico ninho de barro em forma de forno (característica compartilhada com muitas espécies dessa família). É a ave símbolo da Argentina, onde é chamado de hornero
Descrição
Possui o dorso inteiramente marrom avermelhado (por isso o epiteto específico rufus). Apresenta uma suave sobrancelha, formada por penas mais claras, em leve contraste com o restante da plumagem da cabeça. Rêmiges primárias (penas de voo, nas asas) anegradas, visíveis em vôo, com as asas abertas. Ventralmente é de coloração mais clara.[1] Tem cerca de 20 cm de comprimento e não apresenta dimorfismo sexual evidente,[2] mas sua plumagem pode mostrar variações regionais; no sul da Argentina tende a ter um tom mais pálido e acinzentado; no Piauí e Bahia as cores são mais fortes, mais avermelhado no dorso e mais escuro e ocre no ventre. Também seu tamanho pode variar, sendo em geral as populações do sul ligeiramente maiores que as do norte.[3]
Taxonomia, ocorrência e denominação popular
O nome científico do joão-de-barro é Furnarius rufus, tendo sido descrito pela primeira vez por Johann Friedrich Gmelin em 1788. Pertence à ordem dos Passeriformes, família Furnariidae. O gênero Furnarius foi descrito por Louis Jean Pierre Vieillot em 1816. Da espécie partem cinco subespécies:[4]
Furnarius rufus albogularis (Spix, 1824)
Furnarius rufus commersoni (Pelzeln, 1868)
Furnarius rufus paraguayae (Cherrie & Reichenberger, 1921)
Furnarius rufus rufus (Gmelin, 1788)
Furnarius rufus schuhmacheri (Laubmann, 1933)
É uma espécie nativa da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, ocupando uma vasta região, que vai do sul dos estados brasileiros de Pernambuco, Goiás e Mato Grosso, cobre toda a parte leste da Bolívia, seguindo para o sul pelas encostas da Cordilheira dos Andes até a altura da Pensínsula Valdez, na Argentina, espalhando-se destes limites até o litoral atlântico. Sua população não foi quantificada, mas parece estar aumentando e foi descrita como uma ave comum. Por tais motivos a Lista Vermelha da IUCN a classifica como espécie em condição pouco preocupante.[5] A espécie tem invadido cada vez mais as cidades e, em virtude do desmatamento, que cria campos ou arborização rala, também sua zona de ocorrência está aumentado.[3]
É conhecido em português por vários apelidos, como amassa-barro, barreiro, forneiro, maria-de-barro, oleiro, pedreiro, e em espanhol pode ser chamado de hornero común, alonsito e hornero.
Ecologia e biologia
Vive em áreas de vegetação esparsa ou em campos abertos. Passa grande parte do tempo no solo, destacando-se por seu andar pausado característico, que alterna com pequenas corridas.[1] Alimenta-se de insetos e larvas, aranhas e outros artrópodes. Pode ocasionalmente ingerir sementes.[2] Raramente forrageia nas árvores. São monógamos e os casais permanecem unidos por longo tempo. Defendem seu território ao longo de todo o ano, tanto a fêmea como o macho, mas podem pernoitar fora de sua área.[3] Têm o hábito de cantar juntos à entrada do ninho, agitando suas asas.[7]
Seu ninho tipicamente em forma de forno o tornou popular. Em estado natural prefere os galhos baixos de árvores e troncos secos para nidificar, escolhendo pontos que possuam boa visibilidade do entorno, mas se não encontra um local adequado, pode nidificar até no chão ou sobre alguma rocha saliente.[3] Em zona urbana, onde está perfeitamente adaptado, prefere postes elétricos, podendo construir também sobre edificações humanas.[8] O hábito que tem de usar postes de eletricidade para nidificação tem causado problemas de manutenção para as empresas de energia elétrica.[9] Não há relação direta entre a construção de ninhos e o período reprodutivo. A ave passa quase todo o ano envolvida em construções, às vezes mais de uma ao mesmo tempo, o que pode ser explicado pelo grande índice de perdas de ninhos por invasões de outros animais, acidentes com destruição e intervenção humana, e pela disponibilidade de barro fresco, que depende do regime de chuvas.[3]
O casal se reveza na construção do ninho, uma estrutura em formato de forno, com 17 a 30 cm de diâmetro e uma altura de cerca de 20 cm, que pode pesar até 12 kg, embora a média seja de 5 kg. Divide-se em uma base ou plataforma, um vestíbulo estreito e uma câmara incubadora mais ampla, arredondada. A entrada tem em geral uma forma elíptica ou em crescente. Seu material é o barro, a palha e o esterco fresco. Todos os anos constroem um ninho novo, mas às vezes podem reformar um antigo. Também podem construir mais de um ao mesmo tempo. A construção leva de 2 a 18 dias para terminar, conforme a disponibilidade de material, mas se este falta podem interromper o trabalho e iniciar outro ninho quando as chuvas formam novo barro. Depois de pronto o casal se ocupa em forrar a câmara incubadora - o que nem sempre ocorre - com fibras vegetais, pelos, cerdas e penas.[3][2][1]
Ali a fêmea coloca de 3 a 4 ovos brancos, de casca frágil, que pesam de 4 a 7 g e medem de 27 a 29 mm de comprimento por cerca de 21 mm de diâmetro. O Molothrus bonariensis pode parasitar os ninhos, colocando ali um ovo. A incubação, realizada pelo casal, só inicia consistentemente após a postura do terceiro ovo, levando de 14 a 18 dias. À noite, porém, parece que a incubação fica a cargo da fêmea. A taxa de natalidade é muito variável conforme a região. Os filhotes pouco depois de nascerem já apresentam comportamento defensivo, silvando como cobras e atacando intrusos com os bicos abertos, mas sem qualquer pontaria efetiva. Ambos os pais os alimentam. No início os adultos permanecem junto dos filhotes para aquecê-los, mas após oito dias de vida os pais vão passando mais tempo fora do ninho. Com 14 dias as crias já treinam seu canto, e aos 20 dias deixam o ninho, mas por poucos dias mais os pais ainda os alimentam. Se uma segunda postura se realiza na mesma temporada, os juvenis podem ajudar os pais a construir um novo ninho.[10]
Entre seus inimigos estão o anu-branco, o guira-guira, que preda ovos e filhotes, o gavião-carijó, a águia-chilena, que destroi o ninho e preda filhotes, e o gambá, que preda ovos, filhotes e adultos e depois ocupa o ninho. Pardais podem expulsar o joão-de-barro para usar seu ninho. Ninhos vazios são ocupados por uma grande variedade de aves, alguns insetos como abelhas e percevejos, além de cobras e pererecas. A andorinha Phaeoprogne tapera utiliza exclusivamente ninhos vazios de joão-de-barro para sua própria nidificação.[11]
Ecologia e biologia
Vive em áreas de vegetação esparsa ou em campos abertos. Passa grande parte do tempo no solo, destacando-se por seu andar pausado característico, que alterna com pequenas corridas.[1] Alimenta-se de insetos e larvas, aranhas e outros artrópodes. Pode ocasionalmente ingerir sementes.[2] Raramente forrageia nas árvores. São monógamos e os casais permanecem unidos por longo tempo. Defendem seu território ao longo de todo o ano, tanto a fêmea como o macho, mas podem pernoitar fora de sua área.[3] Têm o hábito de cantar juntos à entrada do ninho, agitando suas asas.[7]
Seu ninho tipicamente em forma de forno o tornou popular. Em estado natural prefere os galhos baixos de árvores e troncos secos para nidificar, escolhendo pontos que possuam boa visibilidade do entorno, mas se não encontra um local adequado, pode nidificar até no chão ou sobre alguma rocha saliente.[3] Em zona urbana, onde está perfeitamente adaptado, prefere postes elétricos, podendo construir também sobre edificações humanas.[8] O hábito que tem de usar postes de eletricidade para nidificação tem causado problemas de manutenção para as empresas de energia elétrica.[9] Não há relação direta entre a construção de ninhos e o período reprodutivo. A ave passa quase todo o ano envolvida em construções, às vezes mais de uma ao mesmo tempo, o que pode ser explicado pelo grande índice de perdas de ninhos por invasões de outros animais, acidentes com destruição e intervenção humana, e pela disponibilidade de barro fresco, que depende do regime de chuvas.[3]
O casal se reveza na construção do ninho, uma estrutura em formato de forno, com 17 a 30 cm de diâmetro e uma altura de cerca de 20 cm, que pode pesar até 12 kg, embora a média seja de 5 kg. Divide-se em uma base ou plataforma, um vestíbulo estreito e uma câmara incubadora mais ampla, arredondada. A entrada tem em geral uma forma elíptica ou em crescente. Seu material é o barro, a palha e o esterco fresco. Todos os anos constroem um ninho novo, mas às vezes podem reformar um antigo. Também podem construir mais de um ao mesmo tempo. A construção leva de 2 a 18 dias para terminar, conforme a disponibilidade de material, mas se este falta podem interromper o trabalho e iniciar outro ninho quando as chuvas formam novo barro. Depois de pronto o casal se ocupa em forrar a câmara incubadora - o que nem sempre ocorre - com fibras vegetais, pelos, cerdas e penas.[3][2][1]
Ali a fêmea coloca de 3 a 4 ovos brancos, de casca frágil, que pesam de 4 a 7 g e medem de 27 a 29 mm de comprimento por cerca de 21 mm de diâmetro. O Molothrus bonariensis pode parasitar os ninhos, colocando ali um ovo. A incubação, realizada pelo casal, só inicia consistentemente após a postura do terceiro ovo, levando de 14 a 18 dias. À noite, porém, parece que a incubação fica a cargo da fêmea. A taxa de natalidade é muito variável conforme a região. Os filhotes pouco depois de nascerem já apresentam comportamento defensivo, silvando como cobras e atacando intrusos com os bicos abertos, mas sem qualquer pontaria efetiva. Ambos os pais os alimentam. No início os adultos permanecem junto dos filhotes para aquecê-los, mas após oito dias de vida os pais vão passando mais tempo fora do ninho. Com 14 dias as crias já treinam seu canto, e aos 20 dias deixam o ninho, mas por poucos dias mais os pais ainda os alimentam. Se uma segunda postura se realiza na mesma temporada, os juvenis podem ajudar os pais a construir um novo ninho.[10]
Entre seus inimigos estão o anu-branco, o guira-guira, que preda ovos e filhotes, o gavião-carijó, a águia-chilena, que destroi o ninho e preda filhotes, e o gambá, que preda ovos, filhotes e adultos e depois ocupa o ninho. Pardais podem expulsar o joão-de-barro para usar seu ninho. Ninhos vazios são ocupados por uma grande variedade de aves, alguns insetos como abelhas e percevejos, além de cobras e pererecas. A andorinha Phaeoprogne tapera utiliza exclusivamente ninhos vazios de joão-de-barro para sua própria nidificação.[11]
Na cultura
Um joão-de-barro levando barro em seu bico
O joão-de-barro é um pássaro muto popular, tanto que foi escolhido como a ave nacional da Argentina.[3] Faz parte do folclore de várias regiões, sendo personagem de lendas. Uma delas diz que o macho pode encerrar uma fêmea infiel no ninho até que ela morra, o que nunca foi comprovado;[1] Outra diz que ele constroi seu ninho com a abertura na direção oposta do vento e da chuva, mas as pesquisas realizadas apresentam resultados contraditórios.[12][13] Também é dito que ele é um pássaro religioso, pois suspende a construção do ninho aos domingos e dias santos. Isso tampouco tem comprovação científica. Em algumas regiões interioranas seus ninhos vazios se tornam objetos de decoração doméstica.[3]
Seu canto, junto com o de outros pássaros, foi uma inspiração para o compositor erudito Olivier Messiaen.[14] Foi protagonista do livro infantil O Armário do João de Barro, de Christina Dias;[15] deu seu nome a um projeto do governo brasileiro de construção de casas populares no interior, especialmente no Nordeste;[16] foi tema de uma poesia de Cassiano Ricardo;[17] é um motivo constante na obra do pintor José Antônio da Silva e foi cantado na conhecida toada caipira João de barro, de Teddy Vieira e Muibo César Cury.[18] A artista Celeida Tostes utilizou seus ninhos para a criação de uma instalação apresentada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage em 1990.[19] Além disso a ave já batizou uma plataforma criptográfica para a Autoridade Certificadora Raiz da Infra-estrutura de Chaves Públicas do Brasil[20] uma ONG,[21] um concurso nacional de literatura da prefeitura de Belo Horizonte,[22] e um grande número de estabelecimentos comerciais, empresas, hotéis e escolas.[23][24][25][26]
Em Sobradinho corre uma lenda de que a cidade foi fundada por um joão-de-barro, a quem ela também deve o nome, já que antigamente um viajante teria ali encontrado uma dessas aves a construir seu ninho, e ela, falando-lhe, disse que seria na forma de um "sobradinho", em memória das grandes casas de fazenda que um dia pontuavam a paisagem da região.[27] Os indios avá guaraní assim explicam a origem do joão-de-barro: a jovem Kuairúi havia se enamorado de Tiantiá, um valoroso guerreiro. Queriam casar, mas o cacique Tabáire, pai de Kuairúi, não permitiu, porque a despeito de sua bravura Tiantiá não sabia construir uma cabana. Assim foram transformados em pássaros que ajudam um ao outro na construção do ninho.[28]
O joão-de-barro ou forneiro (Furnarius rufus) é uma ave Passeriforme da família Furnariidae. É conhecido por seu característico ninho de barro em forma de forno (característica compartilhada com muitas espécies dessa família). É a ave símbolo da Argentina, onde é chamado de hornero
Descrição
Possui o dorso inteiramente marrom avermelhado (por isso o epiteto específico rufus). Apresenta uma suave sobrancelha, formada por penas mais claras, em leve contraste com o restante da plumagem da cabeça. Rêmiges primárias (penas de voo, nas asas) anegradas, visíveis em vôo, com as asas abertas. Ventralmente é de coloração mais clara.[1] Tem cerca de 20 cm de comprimento e não apresenta dimorfismo sexual evidente,[2] mas sua plumagem pode mostrar variações regionais; no sul da Argentina tende a ter um tom mais pálido e acinzentado; no Piauí e Bahia as cores são mais fortes, mais avermelhado no dorso e mais escuro e ocre no ventre. Também seu tamanho pode variar, sendo em geral as populações do sul ligeiramente maiores que as do norte.[3]
Taxonomia, ocorrência e denominação popular
O nome científico do joão-de-barro é Furnarius rufus, tendo sido descrito pela primeira vez por Johann Friedrich Gmelin em 1788. Pertence à ordem dos Passeriformes, família Furnariidae. O gênero Furnarius foi descrito por Louis Jean Pierre Vieillot em 1816. Da espécie partem cinco subespécies:[4]
Furnarius rufus albogularis (Spix, 1824)
Furnarius rufus commersoni (Pelzeln, 1868)
Furnarius rufus paraguayae (Cherrie & Reichenberger, 1921)
Furnarius rufus rufus (Gmelin, 1788)
Furnarius rufus schuhmacheri (Laubmann, 1933)
É uma espécie nativa da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, ocupando uma vasta região, que vai do sul dos estados brasileiros de Pernambuco, Goiás e Mato Grosso, cobre toda a parte leste da Bolívia, seguindo para o sul pelas encostas da Cordilheira dos Andes até a altura da Pensínsula Valdez, na Argentina, espalhando-se destes limites até o litoral atlântico. Sua população não foi quantificada, mas parece estar aumentando e foi descrita como uma ave comum. Por tais motivos a Lista Vermelha da IUCN a classifica como espécie em condição pouco preocupante.[5] A espécie tem invadido cada vez mais as cidades e, em virtude do desmatamento, que cria campos ou arborização rala, também sua zona de ocorrência está aumentado.[3]
É conhecido em português por vários apelidos, como amassa-barro, barreiro, forneiro, maria-de-barro, oleiro, pedreiro, e em espanhol pode ser chamado de hornero común, alonsito e hornero.
Ecologia e biologia
Vive em áreas de vegetação esparsa ou em campos abertos. Passa grande parte do tempo no solo, destacando-se por seu andar pausado característico, que alterna com pequenas corridas.[1] Alimenta-se de insetos e larvas, aranhas e outros artrópodes. Pode ocasionalmente ingerir sementes.[2] Raramente forrageia nas árvores. São monógamos e os casais permanecem unidos por longo tempo. Defendem seu território ao longo de todo o ano, tanto a fêmea como o macho, mas podem pernoitar fora de sua área.[3] Têm o hábito de cantar juntos à entrada do ninho, agitando suas asas.[7]
Seu ninho tipicamente em forma de forno o tornou popular. Em estado natural prefere os galhos baixos de árvores e troncos secos para nidificar, escolhendo pontos que possuam boa visibilidade do entorno, mas se não encontra um local adequado, pode nidificar até no chão ou sobre alguma rocha saliente.[3] Em zona urbana, onde está perfeitamente adaptado, prefere postes elétricos, podendo construir também sobre edificações humanas.[8] O hábito que tem de usar postes de eletricidade para nidificação tem causado problemas de manutenção para as empresas de energia elétrica.[9] Não há relação direta entre a construção de ninhos e o período reprodutivo. A ave passa quase todo o ano envolvida em construções, às vezes mais de uma ao mesmo tempo, o que pode ser explicado pelo grande índice de perdas de ninhos por invasões de outros animais, acidentes com destruição e intervenção humana, e pela disponibilidade de barro fresco, que depende do regime de chuvas.[3]
O casal se reveza na construção do ninho, uma estrutura em formato de forno, com 17 a 30 cm de diâmetro e uma altura de cerca de 20 cm, que pode pesar até 12 kg, embora a média seja de 5 kg. Divide-se em uma base ou plataforma, um vestíbulo estreito e uma câmara incubadora mais ampla, arredondada. A entrada tem em geral uma forma elíptica ou em crescente. Seu material é o barro, a palha e o esterco fresco. Todos os anos constroem um ninho novo, mas às vezes podem reformar um antigo. Também podem construir mais de um ao mesmo tempo. A construção leva de 2 a 18 dias para terminar, conforme a disponibilidade de material, mas se este falta podem interromper o trabalho e iniciar outro ninho quando as chuvas formam novo barro. Depois de pronto o casal se ocupa em forrar a câmara incubadora - o que nem sempre ocorre - com fibras vegetais, pelos, cerdas e penas.[3][2][1]
Ali a fêmea coloca de 3 a 4 ovos brancos, de casca frágil, que pesam de 4 a 7 g e medem de 27 a 29 mm de comprimento por cerca de 21 mm de diâmetro. O Molothrus bonariensis pode parasitar os ninhos, colocando ali um ovo. A incubação, realizada pelo casal, só inicia consistentemente após a postura do terceiro ovo, levando de 14 a 18 dias. À noite, porém, parece que a incubação fica a cargo da fêmea. A taxa de natalidade é muito variável conforme a região. Os filhotes pouco depois de nascerem já apresentam comportamento defensivo, silvando como cobras e atacando intrusos com os bicos abertos, mas sem qualquer pontaria efetiva. Ambos os pais os alimentam. No início os adultos permanecem junto dos filhotes para aquecê-los, mas após oito dias de vida os pais vão passando mais tempo fora do ninho. Com 14 dias as crias já treinam seu canto, e aos 20 dias deixam o ninho, mas por poucos dias mais os pais ainda os alimentam. Se uma segunda postura se realiza na mesma temporada, os juvenis podem ajudar os pais a construir um novo ninho.[10]
Entre seus inimigos estão o anu-branco, o guira-guira, que preda ovos e filhotes, o gavião-carijó, a águia-chilena, que destroi o ninho e preda filhotes, e o gambá, que preda ovos, filhotes e adultos e depois ocupa o ninho. Pardais podem expulsar o joão-de-barro para usar seu ninho. Ninhos vazios são ocupados por uma grande variedade de aves, alguns insetos como abelhas e percevejos, além de cobras e pererecas. A andorinha Phaeoprogne tapera utiliza exclusivamente ninhos vazios de joão-de-barro para sua própria nidificação.[11]
Ecologia e biologia
Vive em áreas de vegetação esparsa ou em campos abertos. Passa grande parte do tempo no solo, destacando-se por seu andar pausado característico, que alterna com pequenas corridas.[1] Alimenta-se de insetos e larvas, aranhas e outros artrópodes. Pode ocasionalmente ingerir sementes.[2] Raramente forrageia nas árvores. São monógamos e os casais permanecem unidos por longo tempo. Defendem seu território ao longo de todo o ano, tanto a fêmea como o macho, mas podem pernoitar fora de sua área.[3] Têm o hábito de cantar juntos à entrada do ninho, agitando suas asas.[7]
Seu ninho tipicamente em forma de forno o tornou popular. Em estado natural prefere os galhos baixos de árvores e troncos secos para nidificar, escolhendo pontos que possuam boa visibilidade do entorno, mas se não encontra um local adequado, pode nidificar até no chão ou sobre alguma rocha saliente.[3] Em zona urbana, onde está perfeitamente adaptado, prefere postes elétricos, podendo construir também sobre edificações humanas.[8] O hábito que tem de usar postes de eletricidade para nidificação tem causado problemas de manutenção para as empresas de energia elétrica.[9] Não há relação direta entre a construção de ninhos e o período reprodutivo. A ave passa quase todo o ano envolvida em construções, às vezes mais de uma ao mesmo tempo, o que pode ser explicado pelo grande índice de perdas de ninhos por invasões de outros animais, acidentes com destruição e intervenção humana, e pela disponibilidade de barro fresco, que depende do regime de chuvas.[3]
O casal se reveza na construção do ninho, uma estrutura em formato de forno, com 17 a 30 cm de diâmetro e uma altura de cerca de 20 cm, que pode pesar até 12 kg, embora a média seja de 5 kg. Divide-se em uma base ou plataforma, um vestíbulo estreito e uma câmara incubadora mais ampla, arredondada. A entrada tem em geral uma forma elíptica ou em crescente. Seu material é o barro, a palha e o esterco fresco. Todos os anos constroem um ninho novo, mas às vezes podem reformar um antigo. Também podem construir mais de um ao mesmo tempo. A construção leva de 2 a 18 dias para terminar, conforme a disponibilidade de material, mas se este falta podem interromper o trabalho e iniciar outro ninho quando as chuvas formam novo barro. Depois de pronto o casal se ocupa em forrar a câmara incubadora - o que nem sempre ocorre - com fibras vegetais, pelos, cerdas e penas.[3][2][1]
Ali a fêmea coloca de 3 a 4 ovos brancos, de casca frágil, que pesam de 4 a 7 g e medem de 27 a 29 mm de comprimento por cerca de 21 mm de diâmetro. O Molothrus bonariensis pode parasitar os ninhos, colocando ali um ovo. A incubação, realizada pelo casal, só inicia consistentemente após a postura do terceiro ovo, levando de 14 a 18 dias. À noite, porém, parece que a incubação fica a cargo da fêmea. A taxa de natalidade é muito variável conforme a região. Os filhotes pouco depois de nascerem já apresentam comportamento defensivo, silvando como cobras e atacando intrusos com os bicos abertos, mas sem qualquer pontaria efetiva. Ambos os pais os alimentam. No início os adultos permanecem junto dos filhotes para aquecê-los, mas após oito dias de vida os pais vão passando mais tempo fora do ninho. Com 14 dias as crias já treinam seu canto, e aos 20 dias deixam o ninho, mas por poucos dias mais os pais ainda os alimentam. Se uma segunda postura se realiza na mesma temporada, os juvenis podem ajudar os pais a construir um novo ninho.[10]
Entre seus inimigos estão o anu-branco, o guira-guira, que preda ovos e filhotes, o gavião-carijó, a águia-chilena, que destroi o ninho e preda filhotes, e o gambá, que preda ovos, filhotes e adultos e depois ocupa o ninho. Pardais podem expulsar o joão-de-barro para usar seu ninho. Ninhos vazios são ocupados por uma grande variedade de aves, alguns insetos como abelhas e percevejos, além de cobras e pererecas. A andorinha Phaeoprogne tapera utiliza exclusivamente ninhos vazios de joão-de-barro para sua própria nidificação.[11]
Na cultura
Um joão-de-barro levando barro em seu bico
O joão-de-barro é um pássaro muto popular, tanto que foi escolhido como a ave nacional da Argentina.[3] Faz parte do folclore de várias regiões, sendo personagem de lendas. Uma delas diz que o macho pode encerrar uma fêmea infiel no ninho até que ela morra, o que nunca foi comprovado;[1] Outra diz que ele constroi seu ninho com a abertura na direção oposta do vento e da chuva, mas as pesquisas realizadas apresentam resultados contraditórios.[12][13] Também é dito que ele é um pássaro religioso, pois suspende a construção do ninho aos domingos e dias santos. Isso tampouco tem comprovação científica. Em algumas regiões interioranas seus ninhos vazios se tornam objetos de decoração doméstica.[3]
Seu canto, junto com o de outros pássaros, foi uma inspiração para o compositor erudito Olivier Messiaen.[14] Foi protagonista do livro infantil O Armário do João de Barro, de Christina Dias;[15] deu seu nome a um projeto do governo brasileiro de construção de casas populares no interior, especialmente no Nordeste;[16] foi tema de uma poesia de Cassiano Ricardo;[17] é um motivo constante na obra do pintor José Antônio da Silva e foi cantado na conhecida toada caipira João de barro, de Teddy Vieira e Muibo César Cury.[18] A artista Celeida Tostes utilizou seus ninhos para a criação de uma instalação apresentada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage em 1990.[19] Além disso a ave já batizou uma plataforma criptográfica para a Autoridade Certificadora Raiz da Infra-estrutura de Chaves Públicas do Brasil[20] uma ONG,[21] um concurso nacional de literatura da prefeitura de Belo Horizonte,[22] e um grande número de estabelecimentos comerciais, empresas, hotéis e escolas.[23][24][25][26]
Em Sobradinho corre uma lenda de que a cidade foi fundada por um joão-de-barro, a quem ela também deve o nome, já que antigamente um viajante teria ali encontrado uma dessas aves a construir seu ninho, e ela, falando-lhe, disse que seria na forma de um "sobradinho", em memória das grandes casas de fazenda que um dia pontuavam a paisagem da região.[27] Os indios avá guaraní assim explicam a origem do joão-de-barro: a jovem Kuairúi havia se enamorado de Tiantiá, um valoroso guerreiro. Queriam casar, mas o cacique Tabáire, pai de Kuairúi, não permitiu, porque a despeito de sua bravura Tiantiá não sabia construir uma cabana. Assim foram transformados em pássaros que ajudam um ao outro na construção do ninho.[28]
assunto(s) gorilas
Os gorilas são mamíferos primatas pertencentes ao género Gorilla, endémicos das florestas tropicais do centro da África. O fato de compartilharem 98%-99% do DNA com os seres humanos faz dos gorilas o parente vivo mais próximo, logo depois dos bonobos e chimpanzés[1]. O gorila é o maior primata atualmente.
Os gorilas vivem em florestas tropicais ou sub-tropicais. Apesar da sua área de distribuição abranger apenas uma pequena percentagem de África, os gorilas existem numa grande variedade de altitudes. Os gorilas-de-montanha (Gorilla beringei beringei) habitam as florestas montanhosas do Albertine Rift, existendo entre os 2.225 até aos 4.267 m. Os gorilas-do-ocidente moram em florestas densas e pântanos das terras baixas e marisma até ao nível do mar.
Etimologia
O médico e missionário estadunidense Thomas S. Savage descreveu o gorila-do-ocidente pela primeira vez (na altura como o nome Troglodytes gorilla) em 1847 a partir de espécimes obtidos em Libéria.
O nome deriva da palavra grega tranliterada Gorillai (uma "tribo de mulheres peludas") descrita por Hannon, o Navegador, um navegador cartaginês e possível visitante (cerca de 480 a.C.) à área da actual Serra Leoa[2]. Na sua viagem, Hannon encontra o que considera serem pessoas selvagens e peludas numa ilha da costa ocidental africana. Três fêmeas foram capturadas e as suas peles levadas para Cartagena.
Fisiologia
Um gorila adulto mede entre 1.4 e 2 metros de altura quando de pé, o macho pesa entre 140 e 300 kg e a fêmea que é bem menor pesa entre 70 e 110 kg.[3] O gorila é o maior primata vivo que existe. É capaz de levantar até 2 toneladas com os dois membros anteriores.
Os gorilas, geralmente, se locomovem em quatro patas. As suas extremidades anteriores são mais longas que as posteriores e semelhantes a braços, ainda são utilizadas também como ponto de apoio ao caminhar.
A estrutura facial do gorila é denominada de "mandíbula protuberante", já que ela é muito maior que o maxilar.
A gestação dura oito meses e meio e normalmente a próxima gestação só ocorre três ou quatro anos depois o nascimento, tempo este que os filhotes convivem com a mãe. A maturidade sexual é atingida entre 10 e 12 anos pelas fêmeas e entre 11 e 13 anos pelos machos, podendo ser modificados estes anos com a vivência nos cativeiros. E a esperança de vida oscila entre os trinta e cinqüenta anos, o record nesta categoria está com um gorila dum zoológico da Filadélfia que morreu aos 54 anos.
Sua dieta alimentar é, em grande parte, herbívora, uma vez que alimentam-se de frutas, folhas, brotos, mas também os insectos compõem menos de 2% do seu cardápio.
Todos os gorilas compartilham o mesmo tipo sangüíneo, o tipo B, e assim como os humanos, cada indivíduo possui uma impressão digital única.
Estado de conservação
Ambas espécies de gorila estão em perigo de extinção, e têm sido sujeitas a intensa caça furtiva. Ameaças à sobrevivência dos gorilas incluem destruição de habitat e ao mercado de carne de caça. Em 2004, uma população de algumas centenas de gorilas no Odzala National Park, na República do Congo foi essencialmente devastada pelo vírus ébola[4]. Um estudo de 2006 publicado na revista Science concluiu que mais de 5000 gorilas podem ter morrido devido a surtos recentes do Ébola na África central. Os investigadores indicaram que isto em conjunção com a caça comercial cria uma "receita para uma extinção ecológica rápida."[5]. Esforços de conservação incluem o Great Apes Survival Project, uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a UNESCO; e ainda um tratado internacional, chamado Gorilla agreement em inglês, concluído sob o auspício da Convenção sobre Espécies Migratórias O Gorila Agreement é o primeiro instrumento legal apontado exclusivamente à conservação do gorila e entrou em funcionamento em 1 de Junho de 2008.
Em Agosto de 2008, um estudo da Wildlife Conservation Society, anunciou a existência de uma população previamente desconhecida nas florestas do Congo, o que duplicou o número de gorilas conhecidos na natureza para cerca de 125.000[6].
Evolução e classificação
Do mesmo modo que a ciência, os estudos taxonômicos acerca dos gorilas não estão estabelecidos definitivamente. Isso pode ser percebido com o fato de até recentemente ser considerada a existência de três espécies de gorila: o gorila-do-ocidente das terras baixas, o gorila-do-oriente das terras baixas e o gorila-das-montanhas. Actualmente há consenso que há duas espécies com duas subespécies cada. Entretanto, correntes mais recentes afirmam a existência de mais uma subespécie, a qual pertenceria a Gorilla beringei, localizada na população de gorilas das montanhas de Bwindi, que é, por vezes, chamado de gorila-de-indi.
Os taxonomistas e primatologistas, além doutros cientistas da área, continuam estudando as relações entre as espécies de gorilas[7], e de acordo com o consenso atual e sua publicação mais recente (Primate Taxonomy, Colin Groves 2001 ISBN 1-56098-872-X) lista duas espécies reconhecidas, cada qual com duas subespécies:
Género Gorilla[8]
Gorila-do-ocidente (Gorilla gorilla)
Gorilla gorilla gorilla
Gorilla gorilla diehli
Gorila-do-oriente (Gorilla beringei)
Gorila-das-montanhas (Gorilla beringei beringei)
Gorilla beringei graueri
Os parentes mais próximos dos gorilas são chimpanzés e humanos, que se separaram dos gorilas à cerca de 7 milhões de anos[9]. Genes humanos diferem na sua sequência em apenas 1,6% em média dos genes de gorila correspondentes, mas há diferenças adicionais no número de cópias que cada gene tem[10].
Inteligência
Uma gorila fêmea mostrando o uso de ferramentas. Ela usa um tronco de uma árvore como suporte enquanto pesca.
Uso de ferramentas
As seguintes observações foram feitas por uma equipa liderada por Thomas Breuer da Wildlife Conservation Society em Setembro de 2005. Os gorilas são conhecidos por usarem ferramentas na natureza. Uma gorila fêmea do Nouabalé-Ndoki National Park na República do Congo foi gravada a usar um pau para determinar a profundidade da água enquanto atravessava um pântano. Uma segunda fêmea foi vista a usar um toco de árvore como uma ponte e também para a suportar enquanto pescava no pântano. Isto quer dizer que todos os hominídeos são agora conhecidos por usar ferramentas[12].
Em Setembro de 2006, um gorila com dois anos e meio da República do Congo foi descoberto por usar pedras para abrir frutos de palmeira dentro de um santuário de caça[13]. Enquanto que esta foi a primeira observação do género para um gorila, há quarenta anos atrás os chimpanzés já tinham sido observados a usar ferramentas na natureza, a 'pescar' térmitas. Os hominídeos não-humanos são dotados de um "agarrar" semi-preciso, e são capazes certamente de usar quer ferramentas simples como até armas, improvisando um taco a partir de um ramo caído.
Distribuição das populações de gorilas
Os gorilas vivem na zona equatorial da África, e as duas espécies estão separadas por 750 km de distância.[14]
O gorila-ocidental vive numa área de cerca de 710.000 km² que compreende partes da Nigéria, Camarões, República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Gabão, República do Congo, Angola e a extremidade ocidental da República Democrática do Congo. Enquanto que o gorila-oriental habita uma zona restrita com cerca de 112.000 km² que compreende a extremidade oriental da República Democrática do Congo, da Uganda e Ruanda.[14]
Referências culturais
Os gorilas são e foram bastante representados e lembrados em produções artísticas, entre elas as mais conhecidas são os filmes de King Kong, além de exemplos como Planeta dos macacos, Scorporilla (uma mistura de Escorpião e Gorila que aparece nos jogos Crash of the Titans e Crash Bandicoot: Mind Over Mutant) e Donkey Kong.
Curiosidades
Baseado na transliteração da palavra grega, as denominações para os membros dessa espécia não mudaram muito, são bastantes parecidas. Basta comparar e perceber: Gorilla (em alemão), gorila (em espanhol), gorilo (em esperanto), gorille (em francês), gorila (em galego), gorilla (em inglês), gorilla (em italiano), gorilla (em neerlandês), goryl (em polonês), gorila (em português), entre outros.
Os gorilas são mamíferos primatas pertencentes ao género Gorilla, endémicos das florestas tropicais do centro da África. O fato de compartilharem 98%-99% do DNA com os seres humanos faz dos gorilas o parente vivo mais próximo, logo depois dos bonobos e chimpanzés[1]. O gorila é o maior primata atualmente.
Os gorilas vivem em florestas tropicais ou sub-tropicais. Apesar da sua área de distribuição abranger apenas uma pequena percentagem de África, os gorilas existem numa grande variedade de altitudes. Os gorilas-de-montanha (Gorilla beringei beringei) habitam as florestas montanhosas do Albertine Rift, existendo entre os 2.225 até aos 4.267 m. Os gorilas-do-ocidente moram em florestas densas e pântanos das terras baixas e marisma até ao nível do mar.
Etimologia
O médico e missionário estadunidense Thomas S. Savage descreveu o gorila-do-ocidente pela primeira vez (na altura como o nome Troglodytes gorilla) em 1847 a partir de espécimes obtidos em Libéria.
O nome deriva da palavra grega tranliterada Gorillai (uma "tribo de mulheres peludas") descrita por Hannon, o Navegador, um navegador cartaginês e possível visitante (cerca de 480 a.C.) à área da actual Serra Leoa[2]. Na sua viagem, Hannon encontra o que considera serem pessoas selvagens e peludas numa ilha da costa ocidental africana. Três fêmeas foram capturadas e as suas peles levadas para Cartagena.
Fisiologia
Um gorila adulto mede entre 1.4 e 2 metros de altura quando de pé, o macho pesa entre 140 e 300 kg e a fêmea que é bem menor pesa entre 70 e 110 kg.[3] O gorila é o maior primata vivo que existe. É capaz de levantar até 2 toneladas com os dois membros anteriores.
Os gorilas, geralmente, se locomovem em quatro patas. As suas extremidades anteriores são mais longas que as posteriores e semelhantes a braços, ainda são utilizadas também como ponto de apoio ao caminhar.
A estrutura facial do gorila é denominada de "mandíbula protuberante", já que ela é muito maior que o maxilar.
A gestação dura oito meses e meio e normalmente a próxima gestação só ocorre três ou quatro anos depois o nascimento, tempo este que os filhotes convivem com a mãe. A maturidade sexual é atingida entre 10 e 12 anos pelas fêmeas e entre 11 e 13 anos pelos machos, podendo ser modificados estes anos com a vivência nos cativeiros. E a esperança de vida oscila entre os trinta e cinqüenta anos, o record nesta categoria está com um gorila dum zoológico da Filadélfia que morreu aos 54 anos.
Sua dieta alimentar é, em grande parte, herbívora, uma vez que alimentam-se de frutas, folhas, brotos, mas também os insectos compõem menos de 2% do seu cardápio.
Todos os gorilas compartilham o mesmo tipo sangüíneo, o tipo B, e assim como os humanos, cada indivíduo possui uma impressão digital única.
Estado de conservação
Ambas espécies de gorila estão em perigo de extinção, e têm sido sujeitas a intensa caça furtiva. Ameaças à sobrevivência dos gorilas incluem destruição de habitat e ao mercado de carne de caça. Em 2004, uma população de algumas centenas de gorilas no Odzala National Park, na República do Congo foi essencialmente devastada pelo vírus ébola[4]. Um estudo de 2006 publicado na revista Science concluiu que mais de 5000 gorilas podem ter morrido devido a surtos recentes do Ébola na África central. Os investigadores indicaram que isto em conjunção com a caça comercial cria uma "receita para uma extinção ecológica rápida."[5]. Esforços de conservação incluem o Great Apes Survival Project, uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a UNESCO; e ainda um tratado internacional, chamado Gorilla agreement em inglês, concluído sob o auspício da Convenção sobre Espécies Migratórias O Gorila Agreement é o primeiro instrumento legal apontado exclusivamente à conservação do gorila e entrou em funcionamento em 1 de Junho de 2008.
Em Agosto de 2008, um estudo da Wildlife Conservation Society, anunciou a existência de uma população previamente desconhecida nas florestas do Congo, o que duplicou o número de gorilas conhecidos na natureza para cerca de 125.000[6].
Evolução e classificação
Do mesmo modo que a ciência, os estudos taxonômicos acerca dos gorilas não estão estabelecidos definitivamente. Isso pode ser percebido com o fato de até recentemente ser considerada a existência de três espécies de gorila: o gorila-do-ocidente das terras baixas, o gorila-do-oriente das terras baixas e o gorila-das-montanhas. Actualmente há consenso que há duas espécies com duas subespécies cada. Entretanto, correntes mais recentes afirmam a existência de mais uma subespécie, a qual pertenceria a Gorilla beringei, localizada na população de gorilas das montanhas de Bwindi, que é, por vezes, chamado de gorila-de-indi.
Os taxonomistas e primatologistas, além doutros cientistas da área, continuam estudando as relações entre as espécies de gorilas[7], e de acordo com o consenso atual e sua publicação mais recente (Primate Taxonomy, Colin Groves 2001 ISBN 1-56098-872-X) lista duas espécies reconhecidas, cada qual com duas subespécies:
Género Gorilla[8]
Gorila-do-ocidente (Gorilla gorilla)
Gorilla gorilla gorilla
Gorilla gorilla diehli
Gorila-do-oriente (Gorilla beringei)
Gorila-das-montanhas (Gorilla beringei beringei)
Gorilla beringei graueri
Os parentes mais próximos dos gorilas são chimpanzés e humanos, que se separaram dos gorilas à cerca de 7 milhões de anos[9]. Genes humanos diferem na sua sequência em apenas 1,6% em média dos genes de gorila correspondentes, mas há diferenças adicionais no número de cópias que cada gene tem[10].
Inteligência
Uma gorila fêmea mostrando o uso de ferramentas. Ela usa um tronco de uma árvore como suporte enquanto pesca.
Uso de ferramentas
As seguintes observações foram feitas por uma equipa liderada por Thomas Breuer da Wildlife Conservation Society em Setembro de 2005. Os gorilas são conhecidos por usarem ferramentas na natureza. Uma gorila fêmea do Nouabalé-Ndoki National Park na República do Congo foi gravada a usar um pau para determinar a profundidade da água enquanto atravessava um pântano. Uma segunda fêmea foi vista a usar um toco de árvore como uma ponte e também para a suportar enquanto pescava no pântano. Isto quer dizer que todos os hominídeos são agora conhecidos por usar ferramentas[12].
Em Setembro de 2006, um gorila com dois anos e meio da República do Congo foi descoberto por usar pedras para abrir frutos de palmeira dentro de um santuário de caça[13]. Enquanto que esta foi a primeira observação do género para um gorila, há quarenta anos atrás os chimpanzés já tinham sido observados a usar ferramentas na natureza, a 'pescar' térmitas. Os hominídeos não-humanos são dotados de um "agarrar" semi-preciso, e são capazes certamente de usar quer ferramentas simples como até armas, improvisando um taco a partir de um ramo caído.
Distribuição das populações de gorilas
Os gorilas vivem na zona equatorial da África, e as duas espécies estão separadas por 750 km de distância.[14]
O gorila-ocidental vive numa área de cerca de 710.000 km² que compreende partes da Nigéria, Camarões, República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Gabão, República do Congo, Angola e a extremidade ocidental da República Democrática do Congo. Enquanto que o gorila-oriental habita uma zona restrita com cerca de 112.000 km² que compreende a extremidade oriental da República Democrática do Congo, da Uganda e Ruanda.[14]
Referências culturais
Os gorilas são e foram bastante representados e lembrados em produções artísticas, entre elas as mais conhecidas são os filmes de King Kong, além de exemplos como Planeta dos macacos, Scorporilla (uma mistura de Escorpião e Gorila que aparece nos jogos Crash of the Titans e Crash Bandicoot: Mind Over Mutant) e Donkey Kong.
Curiosidades
Baseado na transliteração da palavra grega, as denominações para os membros dessa espécia não mudaram muito, são bastantes parecidas. Basta comparar e perceber: Gorilla (em alemão), gorila (em espanhol), gorilo (em esperanto), gorille (em francês), gorila (em galego), gorilla (em inglês), gorilla (em italiano), gorilla (em neerlandês), goryl (em polonês), gorila (em português), entre outros.
assunto(s) cacatua
As cacatuas (ou catatua, em Português de Portugal) são aves psitaciformes, pertencentes à família Cacatuidae (a taxonomia de Sibley-Ahlquist integra-os as cacatuas na família dos psitacídeos). São muito semelhantes aos papagaios em relação ao bico em formato de banana e morfologia zigodáctila dos pés (dois dedos para a frente, dois para trás). Como características distintivas, as cacatuas apresentam uma crista móvel e plumagem de cores simples. As cacatuas têm distribuição geográfica restrita à Oceania (mais precisamente, nas florestas australianas) e em ilhas vizinhas, no Pacífico. Há cerca de 20 espécies de cacatuas.
Bastante barulhenta e colorida, a cacatua tem bico encurvado e pés com grande capacidade de movimentação, usados para andar, trepar em árvores e levar comida à boca. As cacatuas são psitacídeos grandes, dotados de um penacho que é erguido em exibições de corte. Encontradas apenas no Sudeste Asiático e na Austrália, são especializadas em comer sementes e quebrar nozes. Reúnem-se em grandes bandos, vivem em ambientes relativamentes úmidos e têm cauda curta. Alimentam-se principalmente no solo.
As cacatuas têm uma expectativa de vida que varia de 30 a 75 anos. São aves extremamente dóceis e brincalhonas, se adquiridas em um cativeiro. Podem aprender a cantar e a falar. Podem atingir tamanhos que variam de 35 a 70 centímetros. O que torna a Cacatua particular é a sua crista, que levanta e abaixa, dependendo do seu estado de humor.
Outro aspecto a ter em conta é a inteligência destes bichos, aprendem com muita facilidade a abrir gaiolas, e a pegar em pequenos objetos como isqueiros, canetas, relógios, pulseiras, cordões, dentre outros, podendo representar um perigo para o animal. Portanto, é importante deixar estas pequenas coisas longe de seu alcance. Uma das formas de ultrapassar este problema é ter alguns brinquedos próprios para ela ou também lhe dar nozes ou castanhas para se entreter. Se se sentirem esquecidas ou abandonadas, tendem a arrancar as penas e a destruir tudo o que tenham à volta, sejam plantas, mobília, eletrodomésticos,e até mesmo roupas.
Características Gerais
Asas: As cacatuas são boas voadoras. Suas asas são afiladas ou arredondadas. Quase sempre voam em bandos barulhentos, que podem ter desde pares até centenas de aves.
Bico: Alimentam-se basicamente de vegetais e sementes. Usam o bico para quebrar e abrir sementes e nozes ou para morder frutos. A maxila superior, maior que a inferior, tem relativa mobilidade. Termina em um gancho pontudo, que utiliza para se alimentar e escalar. A língua costuma ser grossa e áspera.
Pés: Usam-nos para andar, subir em brinquedos e escalar objetos (ou a gaiola), pegar a comida e levá-la à boca.´
Alimentação: A ração destas aves deve ser adquirida em uma casa de aves (ou de rações),de preferência misturas nutritivas, parecidas com a de papagaio, e devem ser considerados ainda suplementos de frutas ou suplementos vitamínicos. Quando estiver calor,é aconselhável que borrife as suas penas com um borrifador. Na Natureza, estas aves vivem em ambientes relativamente úmidos,sentindo a necessidade desses borrifos.
As cacatuas (ou catatua, em Português de Portugal) são aves psitaciformes, pertencentes à família Cacatuidae (a taxonomia de Sibley-Ahlquist integra-os as cacatuas na família dos psitacídeos). São muito semelhantes aos papagaios em relação ao bico em formato de banana e morfologia zigodáctila dos pés (dois dedos para a frente, dois para trás). Como características distintivas, as cacatuas apresentam uma crista móvel e plumagem de cores simples. As cacatuas têm distribuição geográfica restrita à Oceania (mais precisamente, nas florestas australianas) e em ilhas vizinhas, no Pacífico. Há cerca de 20 espécies de cacatuas.
Bastante barulhenta e colorida, a cacatua tem bico encurvado e pés com grande capacidade de movimentação, usados para andar, trepar em árvores e levar comida à boca. As cacatuas são psitacídeos grandes, dotados de um penacho que é erguido em exibições de corte. Encontradas apenas no Sudeste Asiático e na Austrália, são especializadas em comer sementes e quebrar nozes. Reúnem-se em grandes bandos, vivem em ambientes relativamentes úmidos e têm cauda curta. Alimentam-se principalmente no solo.
As cacatuas têm uma expectativa de vida que varia de 30 a 75 anos. São aves extremamente dóceis e brincalhonas, se adquiridas em um cativeiro. Podem aprender a cantar e a falar. Podem atingir tamanhos que variam de 35 a 70 centímetros. O que torna a Cacatua particular é a sua crista, que levanta e abaixa, dependendo do seu estado de humor.
Outro aspecto a ter em conta é a inteligência destes bichos, aprendem com muita facilidade a abrir gaiolas, e a pegar em pequenos objetos como isqueiros, canetas, relógios, pulseiras, cordões, dentre outros, podendo representar um perigo para o animal. Portanto, é importante deixar estas pequenas coisas longe de seu alcance. Uma das formas de ultrapassar este problema é ter alguns brinquedos próprios para ela ou também lhe dar nozes ou castanhas para se entreter. Se se sentirem esquecidas ou abandonadas, tendem a arrancar as penas e a destruir tudo o que tenham à volta, sejam plantas, mobília, eletrodomésticos,e até mesmo roupas.
Características Gerais
Asas: As cacatuas são boas voadoras. Suas asas são afiladas ou arredondadas. Quase sempre voam em bandos barulhentos, que podem ter desde pares até centenas de aves.
Bico: Alimentam-se basicamente de vegetais e sementes. Usam o bico para quebrar e abrir sementes e nozes ou para morder frutos. A maxila superior, maior que a inferior, tem relativa mobilidade. Termina em um gancho pontudo, que utiliza para se alimentar e escalar. A língua costuma ser grossa e áspera.
Pés: Usam-nos para andar, subir em brinquedos e escalar objetos (ou a gaiola), pegar a comida e levá-la à boca.´
Alimentação: A ração destas aves deve ser adquirida em uma casa de aves (ou de rações),de preferência misturas nutritivas, parecidas com a de papagaio, e devem ser considerados ainda suplementos de frutas ou suplementos vitamínicos. Quando estiver calor,é aconselhável que borrife as suas penas com um borrifador. Na Natureza, estas aves vivem em ambientes relativamente úmidos,sentindo a necessidade desses borrifos.
assunto(S) dragão de komodo
Dragão-de-komodo (AO 1990: dragão-de-comodo) ou crocodilo-da-terra (Varanus komodoensis) é uma espécie de lagarto que vive nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores, na Indonésia.[2] Pertence à família de lagartos-monitores Varanidae, e é a maior espécie de lagarto conhecida, chegando a atingir 2–3 m de comprimento e 70 kg de peso. O seu tamanho invulgar é atribuído a gigantismo insular, uma vez que não há outros animais carnívoros para preencher o nicho ecológico nas ilhas onde ele vive, e também ao seu baixo metabolismo.[3][4] Como resultado deste gigantismo, estes lagartos, juntamente com as bactérias simbiontes, dominam o ecossistema onde vivem.[5] Apesar dos dragões-de-comodo comerem principalmente carniça, eles também caçam e fazem emboscadas a presas incluindo invertebrados, aves e mamíferos.
A época de reprodução começa entre maio e agosto, e os ovos são postos em setembro. Cerca de vinte ovos são depositados em ninhos de Megapodiidae abandonados e ficam a incubar durante sete a oito meses, e a eclosão ocorre em abril, quando há abundância de insectos. dragões-de-comodo juvenis são vulneráveis e, por isso, abrigam-se em árvores, protegidos de predadores e de adultos canibais. Demoram cerca de três a cinco anos até chegarem à idade de reprodução, e podem viver até aos cinquenta anos. São capazes de se reproduzir por partenogénese, no qual ovos viáveis são postos sem serem fertilizados por machos.
Os dragões-de-comodo foram descobertos por cientistas ocidentais em 1910. O seu grande tamanho e reputação feroz fazem deles uma exibição popular em zoológicos. Na natureza, a sua área de distribuição contraiu devida a actividades humanas e estão listadas como espécie vulnerável pela UICN. Estão protegidos pela lei da Indonésia, e um parque nacional, o Parque Nacional de Komodo, foi fundado para ajudar os esforços de protecção.
O dragão-de-comodo é conhecido, para os nativos da ilha de Komodo, como ora, buaya darat (crocodilo da terra) ou biawak raksasa (monitor gigante).[6][7]
PELE DO DRAGÃO DE KOMODO
Detalhe da pele de um dragão-de-comodo.
Robusto e com aparência de dinossauro, pode medir até 3,5 m de comprimento e pesar até 125 kg. A cor de sua pele é cinzenta e marrom. Sua dieta baseia-se em porcos selvagens (javalis), cabras, veados, búfalos, cavalos, macacos, dragões-de-comodo menores, insectos e até seres humanos. Também se alimenta de carniça de animais e, com o seu faro, pode localizar uma carcaça de animal a quilômetros de distância, sendo capaz de devorá-la por completo.
Cada uma das quatro patas do dragão-de-comodo possui cinco garras. No interior de sua mandíbula habitam bactérias letais, sendo que os animais que conseguem escapar de suas garras acabam morrendo por infecções. Para se alimentar de animais vivos, o dragão derruba a sua vítima com a sua cauda e depois corta-o em pedaços com os dentes. Quando trata-se de animal grande, como um búfalo, o dragão ataca-o sorrateiramente com uma mordida e espera o animal morrer pela infecção produzida pelas bactérias. O lagarto segue a vítima durante algum tempo até que a infecção se encarrega de prostrá-la, quando é então calmamente devorada. Costuma comer primeiro a língua e as entranhas, suas partes preferidas.
São ovíparos, colocando de quinze a trinta e cinco ovos por fêmea, na areia, ao final da estação das chuvas. Os ovos abrem-se depois de seis a oito semanas. Ao nascer, os pequenos dragões têm de 20 a 25 cm de comprimento. Vivem, em média, cinquenta anos. Nas ilhas onde são encontrados, os dragões-de-comodo são uma grande atração turística, apesar de haver registro da morte de um turista atacado por um dragão. Entretanto, normalmente não são animais agressivos, já que os habitantes locais convivem com eles diariamente nas praias.
dragões-de-comodo.
Existem outras espécies de lagartos gigantes, como o Varanus griseus, que é um animal terrestre, e o Varanus niloticus, que é um réptil com hábitos anfíbios, passando boa parte de sua vida na água. Vivem na África, sul da Ásia, Indonésia e Austrália. Variam muito de tamanho. O menor deles apresenta apenas 20 cm de comprimento.
Dragão-de-komodo (AO 1990: dragão-de-comodo) ou crocodilo-da-terra (Varanus komodoensis) é uma espécie de lagarto que vive nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores, na Indonésia.[2] Pertence à família de lagartos-monitores Varanidae, e é a maior espécie de lagarto conhecida, chegando a atingir 2–3 m de comprimento e 70 kg de peso. O seu tamanho invulgar é atribuído a gigantismo insular, uma vez que não há outros animais carnívoros para preencher o nicho ecológico nas ilhas onde ele vive, e também ao seu baixo metabolismo.[3][4] Como resultado deste gigantismo, estes lagartos, juntamente com as bactérias simbiontes, dominam o ecossistema onde vivem.[5] Apesar dos dragões-de-comodo comerem principalmente carniça, eles também caçam e fazem emboscadas a presas incluindo invertebrados, aves e mamíferos.
A época de reprodução começa entre maio e agosto, e os ovos são postos em setembro. Cerca de vinte ovos são depositados em ninhos de Megapodiidae abandonados e ficam a incubar durante sete a oito meses, e a eclosão ocorre em abril, quando há abundância de insectos. dragões-de-comodo juvenis são vulneráveis e, por isso, abrigam-se em árvores, protegidos de predadores e de adultos canibais. Demoram cerca de três a cinco anos até chegarem à idade de reprodução, e podem viver até aos cinquenta anos. São capazes de se reproduzir por partenogénese, no qual ovos viáveis são postos sem serem fertilizados por machos.
Os dragões-de-comodo foram descobertos por cientistas ocidentais em 1910. O seu grande tamanho e reputação feroz fazem deles uma exibição popular em zoológicos. Na natureza, a sua área de distribuição contraiu devida a actividades humanas e estão listadas como espécie vulnerável pela UICN. Estão protegidos pela lei da Indonésia, e um parque nacional, o Parque Nacional de Komodo, foi fundado para ajudar os esforços de protecção.
O dragão-de-comodo é conhecido, para os nativos da ilha de Komodo, como ora, buaya darat (crocodilo da terra) ou biawak raksasa (monitor gigante).[6][7]
PELE DO DRAGÃO DE KOMODO
Detalhe da pele de um dragão-de-comodo.
Robusto e com aparência de dinossauro, pode medir até 3,5 m de comprimento e pesar até 125 kg. A cor de sua pele é cinzenta e marrom. Sua dieta baseia-se em porcos selvagens (javalis), cabras, veados, búfalos, cavalos, macacos, dragões-de-comodo menores, insectos e até seres humanos. Também se alimenta de carniça de animais e, com o seu faro, pode localizar uma carcaça de animal a quilômetros de distância, sendo capaz de devorá-la por completo.
Cada uma das quatro patas do dragão-de-comodo possui cinco garras. No interior de sua mandíbula habitam bactérias letais, sendo que os animais que conseguem escapar de suas garras acabam morrendo por infecções. Para se alimentar de animais vivos, o dragão derruba a sua vítima com a sua cauda e depois corta-o em pedaços com os dentes. Quando trata-se de animal grande, como um búfalo, o dragão ataca-o sorrateiramente com uma mordida e espera o animal morrer pela infecção produzida pelas bactérias. O lagarto segue a vítima durante algum tempo até que a infecção se encarrega de prostrá-la, quando é então calmamente devorada. Costuma comer primeiro a língua e as entranhas, suas partes preferidas.
São ovíparos, colocando de quinze a trinta e cinco ovos por fêmea, na areia, ao final da estação das chuvas. Os ovos abrem-se depois de seis a oito semanas. Ao nascer, os pequenos dragões têm de 20 a 25 cm de comprimento. Vivem, em média, cinquenta anos. Nas ilhas onde são encontrados, os dragões-de-comodo são uma grande atração turística, apesar de haver registro da morte de um turista atacado por um dragão. Entretanto, normalmente não são animais agressivos, já que os habitantes locais convivem com eles diariamente nas praias.
dragões-de-comodo.
Existem outras espécies de lagartos gigantes, como o Varanus griseus, que é um animal terrestre, e o Varanus niloticus, que é um réptil com hábitos anfíbios, passando boa parte de sua vida na água. Vivem na África, sul da Ásia, Indonésia e Austrália. Variam muito de tamanho. O menor deles apresenta apenas 20 cm de comprimento.
Sentidos
O dragão-de-comodo usa a sua língua para detectar estímulos de sabor e cheiro, tal como em muitos outros répteis, com o sentido vomeronasal usando o órgão de Jacobson, um sentido que ajuda a navegação no escuro.[11]
Um dragão-de-comodo na Ilha Komodo usa a língua para amostrar o ar.
Com a ajuda de um vento favorável e do seu hábito de balançar a cabeça de um lado para o outro enquanto anda, os dragões-de-comodo são capazes de detectar carcaças a uma distância de 4-9,5 km[12].[13]
As narinas do dragão não são úteis para cheirar, pois estes animais não têm diafragma.[12][14] Apresentam apenas algumas papilas gustativas na parte de trás da sua garganta.[11] As escamas, algumas reforçadas com osso, têm placas sensoriais ligadas a nervos que facilitam o sentido do tacto. As escamas à volta das orelhas, lábios, queixo e das solas dos pés podem ter três ou mais placas sensoriais.[12]
O dragão-de-comodo não possui um sentido da audição particularmente apurado, apesar do canal auditivo ser bem visível, e é só capaz de ouvir sons entre os 400 e os 2000 hertz[15].[7] É capaz de ver até aos 300 m mas, como as suas retinas só possuem cones, julga-se que tenham má visão nocturna. O dragão-de-comodo é capaz de ver a cores, mas tem pouca discriminação visual de objectos estacionários.[13]
Anteriormente, pensava-se que o dragão-de-comodo era surdo, pois um estudo relatou ausência de agitação em dragões-de-comodo selvagens em resposta a sussurros, vozes alta ou gritos. Isto foi contestado quando Joan Proctor, empregada do Zoológico de Londres, treinou uma espécie em cativeiro para sair da sua toca à espera de comida, depois de ouvir a sua voz e mesmo que ele não a conseguisse ver.[16] Evolução
O desenvolvimento evolutivo do dragão-de-comodo teve início com o género Varanus, que se originou na Ásia há cerca de 40 milhões de anos e migrou para a Austrália. Há cerca de 15 milhões de anos, uma colisão entre a Austrália e o Sudoeste Asiático permitiu que os varanídeos se deslocassem para o que é agora o arquipélago indonésio. Crê-se que o dragão-de-comodo se diferenciou dos seus ancestrais australianos há 4 milhões de anos, estendendo a sua área de distribuição para Este até à ilha de Timor. A Idade do Gelo, com a subida dramática do nível da água do mar, formou as ilhas onde os dragões-de-comodo habitam, isolando-os nas sua área de distribuição actual[
Ecologia
O dragão-de-comodo prefere lugares quentes e secos e tipicamente vive em zonas de pasto abertos, savana e floresta tropical em elevações baixas. Sendo um animal ectotérmico, está mais activo durante o dia, apesar de exibir alguma actividade nocturna. Os dragões-de-comodo são maioritariamente solitários, juntando-se com outros apenas para acasalar e comer. São capazes de correr rapidamente em curtos disparos, até 20 km por hora, mergulhar até 4,5 m e trepar a árvores enquanto novos usando as suas garras.[17] Para apanhar presas que estão fora do alcance, os dragões-de-comodo pode erguer-se nas suas patas traseiras e usar a sua cauda como apoio.[16] Quando o dragão-de-comodo atinge o estado adulto, as suas garras são usadas primariamente como armas, pois o seu grande tamanho faz com que trepar a árvores não seja prático.[12]
O dragão-de-comodo, para se abrigar, cava buracos com os seus membros anteriores e garras, que podem medir de 1 a 3 m de largura.[18] Devido ao seu grande tamanho, e hábito de dormir nestas covas, é capaz de conservar o calor corporal durante a noite diminuindo o tempo que precisam de estar ao sol para manter a temperatura corporal no dia seguinte.[19] O dragão-de-comodo caça tipicamente durante a tarde, mas permanece na sombra durante a parte mais quente do dia.[20] Estes locais de repouso especiais, normalmente localizados em falésias expostas à brisa fria do mar, são marcados com fezes e a vegetação é eliminada. Servem também como local estratégico de onde emboscar veados.[21]
Dieta
Os dragões-de-comodo são carnívoros. Apesar de comerem principalmente carniça,[3] também emboscam presas vivas com um ataque furtivo. Quando presas adequadas chegam perto de um local de emboscada de um dragão, este irá subitamente à carga sobre o animal e tentará atingir a parte de baixo da garganta.[12] É capaz de localizar a sua presa através do seu olfacto apurado, que consegue localizar um animal morto ou moribundo até uma distância de 9,5 km.[12] Também já foram observados a deitar abaixo grandes porcos e veados com a sua cauda.[22]
Estes animais comem rasgando pedaços grandes de carne e engolindo-os inteiros enquanto seguram a carcaça com as patas anteriores. Para presas pequenas (até ao tamanho de uma cabra), conseguem engoli-las inteiras, usando as suas mandíbulas pouco articuladas, crânio flexível e estômago expansível. O conteúdo vegetal do estômago e intestinos são tipicamente evitados.[21] Quantidades copiosas de saliva vermelha produzida pelos dragões-de-comodo ajudam a lubrificar a comida, mas ainda assim a deglutição demora muito tempo (15-20 minutos para engolir uma cabra). Os dragões-de-comodo tentam por vezes acelerar o processo espetando a carcaça contra uma árvore para forçá-las a descer a sua garganta, chegando a deitar árvores abaixo.[21] Para prevenir que sufoquem enquanto engolem, respiram usando um tubo pequeno debaixo da língua que se liga ao pulmão.[12] Depois de comerem até 80 por cento do seu peso corporal numa refeição,[5] arrasta-se até um sítio solarengo para acelerar a digestão, pois a comida pode apodrecer e envenená-los se deixada por digerir muito tempo. Devido ao seu metabolismo lento, dragões grandes podem sobreviver com apenas 12 refeições por ano.[12] Depois da digestão, o dragão-de-comodo regurgita uma massa de cornos, cabelo e dentes, que está coberto num muco mal-cheiroso. Depois da regurgitação, esfrega a cara na poeira ou nos arbustos para se livrar do muco, sugerindo que, tal como os humanos, não aprecia o cheiro das suas próprias excreções.[12]
Os animais maiores geralmente comem primeiro, enquanto os mais pequenos seguem uma hierarquia. O macho maior afirma a sua dominância e os machos mais pequenos mostram a sua submissão usando linguagem corporal e silvos. Dragões de tamanho igual podem recorrer a uma "luta livre". Os vencidos normalmente retiram-se, apesar de alguns já terem sido observados a ser mortos e comidos pelos vencedores.[12]
A dieta do dragão-de-comodo é abrangente e inclui invertebrados, outros répteis (incluindo dragões mais pequenos), aves, ovos de aves, pequenos mamíferos, macacos, javalis, cabras, veados, cavalos e búfalos.[23] Komodos juvenis comem insectos, ovos, osgas, e pequenos mamíferos[3] Ocasionalmente, também podem consumir humanos e cadáveres de humanos, escavando corpos de sepulturas pouco fundas.[16] Este hábito de saltear sepulturas fez com que os habitantes de Komodo movessem os seus cemitérios de solos arenosos para argilosos e que empilhassem rochas em cima delas para impedir os lagartos.[21] Os dragões-de-comodo podem ter evoluído para se alimentarem do elefante-pigmeu Stegodon que chegou a viver em Flores, de acordo com o biólogo evolutivo Jared Diamond.[24] Estes animais também já foram observados a assustar intencionalmente um veado fêmea na esperança de provocar um aborto espontâneo cujos restos pudessem ser comidos, uma técnica que também já foi observada em grandes predadores africanos.[24]
Como os dragões-de-comodo não tem diafragma, não conseguem sugar água quando bebem, nem lambê-la com a língua. Em vez disso, eles bebem enchendo a boca com água, levantando a cabeça e deixando que a água desça pela garganta.[12]
Veneno e bactérias
Em finais de 2005, investigadores da Universidade de Melbourne concluiram que o Varanus giganteus, uma outra espécie de monitor, e Agamidae podem ser venenosos. Pensava-se que mordeduras feitas por estes lagartos propiciavam infecções por causa das bactérias presentes na boca dos animais, mas a equipe de pesquisa mostrou que os efeitos imediatos eram causados por envenenamento ligeiro. Mordeduras em dedos de humanos por Varanus varius, um dragão-de-comodo e por um Varanus scalaris foram observadas, e todas produziram resultados semelhantes em humanos: inchaço rápido no espaço de minutos, interrupção localizada da coagulação do sangue, dor fulminante até ao cotovelo, alguns sintomas durando várias horas.[25]
Os dragões-de-comodo possuem também bactérias virulentas na sua saliva, das quais foram isoladas mais de 28 estirpes Gram-negativas e 29 Gram-positivas.[26] Estas bactérias provocam septicémia nas suas vítimas; se uma mordidela inicial não matar a presa e ela escapa, irá normalmente sucumbir no espaço de uma semana devido à infecção resultante. As bactérias mais mortíferas na saliva destes animais parecem ser uma estirpe altamente mortífera de Pasteurella multocida, segundo estudos realizados com ratos de laboratório.[27] Não há nenhum antídoto específico para as mordeduras de dragões, mas é normal sobreviver-se, se a área afectada for limpa e o paciente for tratado com antibióticos. Se não for tratado rapidamente, pode desenvolver-se gangrena à volta do local ferido, o que pode requerer que a área afectada seja amputada. Como estes lagartos parecem ser imunes aos seus próprios micróbios, muita pesquisa tem sido feita à procura da molécula antibacteriana na esperança que seja útil para a medicina humana.[28]
Reprodução
O acasalamento ocorre entre Maio e Agosto, sendo os ovos postos em Setembro.[7] Durante este período, os machos lutam pelas fêmeas e território agarrando-se um ao outro enquanto estão levantados nas patas posteriores. O perdedor é eventualmente deitado ao chão. Estes machos podem vomitar ou defecar enquanto se preparam para a luta.[16] O vencedor da luta irá depois mostra a língua à fêmea para receber informação sobre a sua receptividade.[5] As fêmeas são antagonistas e resistem com as suas garras e dentes durante as primeiras fases do cortejo. Por isso, o macho tem de prender a fêmea totalmente durante o coito para evitar ferir-se. Outras cerimónias de acasalamento incluem machos esfregando o seu queixo na fêmea, arranhadelas nas costas e lambidelas.[29] A copulação ocorre quando o macho inserte um dos seus hemipénis na cloaca da fêmea.[13] Os dragões-de-comodo podem ser monógamos e formar um par estável, um comportamento raro em lagartos.[16]
Nesta imagem, a cauda longa e as garras são claramente visíveis.
A fêmea põe os seus ovos em tocas escavados nas vertentes de uma elevação ou em ninhos abandonados de Megapodius reinwardt, com preferência para os ninhos abandonados.[30] A postura normalmente consiste de uma média de 20 ovos que estiveram em incubação durante 7 a 8 meses.[16] A fêmea deita-se em cima dos ovos para os incubar e proteger até que eclodem por volta de Abril, no fim da época chuvosa quando há abundância de insectos. Para os juvenis, a saída da casca é um processo cansativo. Eles usam um dente especial que cai passado pouco tempo. Depois de cortarem a casca, os lagartos recém-eclodidos permanecem dentro da casca durante algumas horas antes de escavarem para fora do ninho.[12] Jovens dragões-de-comodo passam grande parte dos seus primeiros anos em árvores, onde estão a salvo de predadores, incluindo adultos canibalescos, que fazem de dragões juvenis 10% da sua dieta.[16] Segundo David Attenborough, o hábito de canibalismo pode ser vantajoso em suster o tamanho grande dos adultos, pois presas de tamanho médio são raras na ilha.[22] Quando um jovem tem de aproximar-se de uma presa, rebolam em fezes e descansa em cima de intestinos de animais esvicerados para deter estes adultos esfomeados[16] Os dragões-de-comodo tomam cerca de três ou cinco anos a se tornarem maduros, e podem viver até aos 50 anos.[18
Partenogénese
Uma dragão-de-comodo no Zoológico de Londres chamada Sungai fez uma postura de ovos no fim de 2005 depois de estar separada de qualquer companhia masculina durante mais de dois anos. Os cientistas assumiram inicialmente que ela tinha sido capaz de armazenar esperma desde o seu contactos anteriores com um macho, uma adaptação conhecida como superfecundação.[31] A 20 de Dezembro de 2006 foi relatado que Flora, uma dragão-de-comodo que vivia no Zoológico de Chester de Inglaterra, era a segunda dragão-de-comodo que fez uma postura de ovos não-fertilizados: ela pôs 11 ovos, sete dos quais eclodiram, todos eles machos.[32] Cientistas de Universidade de Liverpool no Norte de Inglaterra fizeram testes genéticos aos três ovos que colapsaram quando foram transferidos para uma incubadora, e verificaram que a Flora não tinha tido contacto físico com um dragão macho. Após ser descoberta a condição dos ovos de Flora, testes mostraram que os ovos de Sungai também tinham sido produzidos sem fertilização externa.[33]
dragão-de-comodo partenogénico bebé, Zoológico de Chester, Inglaterra
Estes animais tem o sistema de determinação do sexo ZW em contraste com o sistema XY presente nos mamíferos. O facto de só terem nascido machos, mostra que os ovos não-fertilizados eram haplóides (n) e que duplicaram os seus cromossomas mais tarde para se tornarem diplóides (2n) (sendo fertilizados por um corpo polar, ou por duplicação dos cromossomas sem divisão celular, ao invés de ela por ovos diplóides por falha de uma das divisões meióticas reductores). Quando uma dragão-de-comodo fêmea (com os cromossomas sexuais ZW) se reproduz dessa maneira, fornece à sua prole apenas um cromossoma de cada par que possui, incluindo apenas um dos seus dois cromossomas sexuais. Este conjunto singular de cromossomas é duplicado no ovo, que se desenvolve partongeneticamente. Ovos que recebem um cromossoma Z tornam-se ZZ (macho); os que recebem um cromossoma W tornam-se WW e não se desenvolvem.[34][35]
Foi sugerido que esta adaptação reprodutora permite que uma fêmea sozinha entre num nicho ecológico isolado (tal como uma ilha) e produzem machos por partenogénese, estabelecendo assim uma população capaz de se reproduzir sexualmente (através de reprodução com os seus descendentes que pode resultar na produção tanto de machos como de fêmeas).[34] Apesar das vantagens de tal adaptação, os zoológicos estão avisado que a partenogénese é prejudicial para a diversidade genética,[36] devida à óbvia necessidade de cruzamento entre a única fêmea mãe com os seus descendentes macho.
Em 31 de janeiro de 2008, o Zoológico de Sedgwick County, em Wichita, no Kansas, tornou-se o primeiro da América a documentar partenogénese em dragões-de-comodo. O zoológico tem duas fêmeas adultas, uma das quais pos 17 ovos em Maio de 2007. Só dois destes ovos foram incubados e eclodiram por falta de espaço; o primeiro nasceu em 31 de Janeiro de 2008 enquanto que o segundo saiu a 11 de Fevereiro. Ambos eram machos.[37][38]
Preservação
O dragão-de-comodo é uma espécie vulnerável e está listada na Lista vermelha da IUCN.[43] Há aproximadamente 4-5 mil dragões-de-comodo na natureza. As suas populações estão restritas às ilhas de Gili Motang (100), Gili Dasami (100), Rinca (1300), Komodo (1700) e Flores (talvez 2000).[2] No entanto, há preocupação que só haja actualmente somente 350 fêmeas reprodutoras.[6] Para responder a esta questão, foi fundado o Parque Nacional de Komodo em 1980 para proteger as populações dos dragões-de-comodo nas ilhas de Komodo, Rinca e Padar.[44] Mais tarde, as reservas de Wae Wuul e Wolo Tado foram abertas em Flores para ajudar à conservação destes animais.[42] Há evidências que os dragões-de-comodo estão a ficar habituados à presença humana, pois turistas costumam dar-lhes carcaças de animais em várias estações de alimentação.[3] O estado de espécie ameaçada destes animais deve-se a actividade vulcânica, terramotos, perda de habitat, incêndios (a população de Padar foi quase destruída por causa de um incêndio florestal, e desde então desapareceu misteriosamente),[12][42] diminuição do número de presas, turismo e caça furtiva. Sob o Apêndice I da CITES (a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção), o comércio de peles ou espécimes é ilegal.[14][45]
O biólogo australiano Tim Flannery sugeriu que a introdução de dragões-de-comodo pode beneficiar o ecossistema australiano, pois poderia ocupar o nicho de grande carnívoro deixado livre pela extinção do grande varano Megalania. No entanto, ele aconselha muita cautela e uma introdução gradual em experiências de aclimatização, especialmente porque "o problema da predação de grandes varanídeos sobre humanos não pode ser menosprezado". Ele usa o exemplo da coexistência bem sucedida com o crocodilo-de-água-salgada como prova que os australianos poderiam adaptar-se facilmente.[46]
Apesar da raridade dos ataques, os dragões-de-comodo são conhecidos por matar humanos. Em 4 de Junho de 2007, um dragão atacou um rapaz de oito anos na Ilha Komodo. Mais tarde, ele morreu de hemorragias resultantes das suas feridas. Foi o primeiro ataque fatal registado em 33 anos.[47] Os nativos culparam o ataque aos ambientalistas que não vivem na ilha que proibiram os sacrifícios de cabras, o que causou que fosse negado aos dragões-de-comodo a fonte de comida esperada, fazendo com que os animais vagueassem para dentro de territórios humanos à procura de comida. Para os nativos da Ilha Komodo, estes animais são a reencarnação dos seus antepassados, e são por isso tratados com reverência.[48]
Em cativeiro
Desde há muito tempo, os dragões-de-comodo são grandes atracções em zoológicos, pois o seu tamanho e reputação fazem com que sejam uma exibição popular. São, no entanto, raros em zoológicos devido à susceptibilidade a infecções e doenças causadas por parasitas se capturados da natureza e não se reproduzem prontamente.[6]
O primeiro dragão-de-comodo foi exibido em 1934 no Smithsonian National Zoological Park, mas só viveu dois anos. Mais tentativas de exibir dragões-de-comodo foram feitas, mas o tempo de vida destas criaturas era muito curta, numa média de cinco anos no National Zoological Park. Estudos feitos por Walter Auffenberg, que estão documentados no seu livro The Behavioral Ecology of the Komodo Monitor, eventualmente permitiu uma gestão e reprodução mais eficiente dos dragões em cativeiro.[2]
Tem sido observado em dragões em cativeiro que muitos indivíduos demonstram comportamento relativamente manso durante um período de tempo em cativeiro pequeno. Várias ocorrências são relatadas onde tratadores levaram os animais fora dos seus cercados para interagir com visitantes ao zoológico, incluindo crianças pequenas, sem efeitos nocivos.[49][50] Dragões também são capazes de reagir de maneira diferente quando apresentados ao seu tratador normal, um tratador menos familiar ou um tratador completamente estranho.[51]
Pesquisa com dragões em cativeiro tem também fornecido evidências que eles jogam. Um estudo incidiu sobre um indivíduo que empurrava uma pá deixada pelo seu tratador, aparentemente atraído pelo som da pá a raspar pela superfície rochosa. Uma fêmea jovem no National Zoo em Washington, DC agarrava e abanava vários objectos incluindo estátuas, latas de bebidas, sapatos e outros objectos. Ela não confundia estes objectos com comida, pois só os engolia se estivessem cobertos em sangue de rato. Estes jogos sociais levaram à comparação com jogos efectuados por mamíferos.[5]
Outro caso de jogos documentados em dragões-de-comodo vem da Universidade do Tennessee, onde uma jovem dragão-de-comodo de nome "Kraken" interagiu com anéis de plástico, um sapato, um balde, e uma lata de alumínio com o seu focinho, acertando neles e carregando-os de um lado para o outro na sua boca. Ela tratou-os a todos de maneira diferente do que à sua comida, o que levou o investigador Gordon Burghardt a concluir que este comportamento não era relacionado com a alimentação. A Kraken for a primeira dragão-de-comodo que eclodiu em cativeiro fora da Indonésia, nascida no National Zoo em 13 de Setembro de 1992[52].[7]
Mesmo dragões aparentemente dóceis podem tornar-se agresivos imprevisivelmente, especialmente quando o seu território é invadido por alguém pouco familiar. Em Junho de 2001, um dragão-de-comodo feriu Phil Bronstein (editor executivo do San Francisco Chronicle) gravemente quando ele entrou no seu cercado no Zoológico de Los Angeles depois de ter sido convidado pelo tratador. Bronstein foi mordido no seu pé que estava descalço, pois o tratador tinha-lhe dito para tirar os seus sapatos brancos, pois estes poderiam excitar o dragão.[53][54] Apesar de ter escapado com vida, precisou que vários tendões do seu pé fossem re-ligados cirugicamente.[55]
assunto(s) jabutis
Este animal é protegido pelo IBAMA e esta na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção publicada (Portaria no 1.522, de 19 de dezembro de 1989). Como todos os animais silvestres, requerem autorização especial do IBAMA para serem criados em cativeiro.
FILO: Chordata
CLASSE: Reptilia
ORDEM: Chelonoidis
SUBORDEM:Cryptodira
FAMILIA: Testudinidae
GÊNERO: Geochelone
NOME CIENTIFICO: Geochelone denticulata
NOME EM INGLES: Yellow-Footed Tortoise
NOME COMUM: Jabuti-tinga
CARACTERÍSITCAS:
Tamanho: Os machos são menores que as fêmeas, podendo atingir até cerca de 40 cm de comprimento. As fêmeas chegam até 70 cm.
Peso: 6 a 12 kg
Maturidade Sexual: entre 5 e 7 anos
Época de reprodução: Primavera/verão.
Nº de ovos: 6 ou 7, mas alguns autores mencionam posturas de 15 a 20 ovos.
Incubação: de seis a nove meses.
Tempo de Vida: em torno de 80 anos
Sua manutenção também requer grandes espaços, observando-se todos os cuidados com tipo de piso e temperatura, uma vez que também são animais usualmente mantidos em recintos abertos.
Esta espécie caracteriza-se por uma coloração em geral mais clara que a precedente. A denominação denticulada provém dos dentículos que os filhotes apresentam nas bordas das escamas marginais da carapaça. à medida que os animais vão se desenvolvendo, perdem os dentículos, mas conservam o colorido amarelado.
É nitidamente maior que o Geochelone carbonaria. É na verdade a maior espécie de jabuti da América do Sul e habita florestas densas.
Habitat: norte de Brasil, tendo também hábitos mais florestais.
Alimentação
Os jabutis, ao contrário do que muitas pessoas pensam, devem receber uma dieta de qualidade e bem diversificada. Em cativeiro podem ser mantidos com camundongos abatidos ou carne como suplemento de cálcio (em dias alternados). Frutas: uvas, abóboras, bananas, mamão, pêras. Flores: pétalas de rosa*, flores de hibisco e de ipê-amarelo. Verduras: escarola, e um pouco de carne moída e cogumelos. Duas ou três vezes por semana pulverizar sobre o alimento, um suplemento alimentar, como por exemplo o Vionate. No caso de filhotes, pique tudo bem miudinho. Água à vontade.
* As pétalas devem ser de rosas cultivadas em quintais e não de floriculturas, pois caso contrário estarão impregnadas de herbicidas, o que pode ser fatal para os animais.
Reprodução
Nem sempre é possível identificar o sexo dos répteis, visto que em boa parte das espécies não há diformismo sexual e alguns caracteres sexuais externos são visualizados apenas na época da reprodução.
Nos jabutis uma das principais características é o plastrão, que nos machos é côncavo e nas fêmeas é reto, ou mesmo convexo. Isso facilita o procedimento da cópula, de modo que o macho possa encaixar-se sobre a fêmea. O orifício cloacal nos machos está situado mais afastado do plastrão que nas fêmeas. Em função das fêmeas porém ovos, suas placas anais formam um ângulo mais pronunciado que nos machos, facilitando assim a saída dos ovos, no momento da postura.
O período reprodutivo é determinado pelas estações do ano e ocorre principalmente a partir do mês de outubro, tendo seu ápice em janeiro. Essas épocas podem variar um pouco, de região para região. Os machos devem ser maiores que as fêmeas para que com seu peso possam ter maiores chances de fecundá-las.
Quando existe mais de um macho, eles vão disputar a fêmea, os machos recolhem a cabeça e batem repetidamente seus cascos um nos dos outros, mas não chegam a se machucar. Como nem sempre a fêmea aceita o macho, os criadores que têm vários Jabutis os deixam juntos para aumentar as chances de cruzamento. Ao acasalar, o macho emite um chiado típico. Os jabutis costumam enterrar os seus ovos em local que lhes parecer mais apropriado, em geral onde bate muito sol e a terra tem consistência que lhes permite cavar. Esses animais não camuflam o lugar, o que torna possível identificá-lo pela terra remexida.
Os ovos devem ser recolhidos porque dificilmente ocorrem as condições ideais de temperatura e umidade para eclodirem. Uma vez localizados, é preciso não mudá-los de posição. Marque-os com um "x", a lápis, na parte superior para melhor controle.
Os ovos dos jabutis não devem ser virados, pois por não possuírem os mesmos mecanismos de proteção interna existentes nos ovos das aves, fatalmente o embrião pode sofrer danos mecânicos. Ainda, também para que tenha sucesso incubando ovos de jabutis, é importante a existência de bons machos, pois é muito comum que as fêmeas realizem posturas com ovos não fecundados
Os ovos devem ser submetidos a uma temperatura média de pelo menos 27ºC, para serem ecundados. O ideal é que logo após a postura os ovos seja colocados em uma incubadora, com altura de aproximadamente de 40cm, que pode ser feita com um aquário, contendo uma lâmina de água de 8cm e tendo uns 2cm acima desta lâmina uma tela na qual devem ser colocados os ovos. A água então deve estar permanentemente aquecida a 28ºC. Pode-se colocar um aquecedor na água com termostato e um termômetro para controlar a temperatura. A incubadora deve estar fechada, podendo ser mesmo um plástico cobrindo o aquário, mas bem fixo com uma fita adesiva. Nessa condições, se os ovos estiverem fecundado, os filhotes devem nascer em torno de 6 meses.
Assim que os jabutizinhos nascerem devem ser retirados da maternidade e devem ser colocados dentro de uma bacia. Por cima, ponha lâmpadas de 25 a 60 watts. Mantenha-os em ambiente fechado, para manter a temperatura ao redor de 26 graus. Não é necessário oferecer alimentos pois eles só começam a se alimentar com um mês de idade. Até lá, nutrem-se com a reserva vitelínea que mantêm no abdômen ao saírem do ovo. Basta colocar uma vasilha rasa com água para beberem. Quando completarem um mês, podem ser transferidos para junto dos pais.
É importante atendê-los com uma dieta balanceada, satisfazendo assim e principalmente às exigências de vitamina A.
Terrário
Em princípio, pense em utilizar substratos que tenham as seguintes características:
O local deve ser fácil de manter a higiene do recinto;
Não deve encharque com facilidade;
Os objetos colocados dentro do terrário devem ter um tamanho grande, o suficiente para não ser engolido pelo animal (Jabutis gostam de engolir coisas bizarras...);
O piso não deve ser abrasivo ou cortante;
Tem que oferecer um certo conforto térmico;
Deve ser prático e barato.
Nota-se portanto que não é tão simples assim escolher um substrato. Descarte, areia ou terra, muito menos serragem. Folha de jornal é bom e prático, porém não é esteticamente agradável. Existe um substrato chamado Repti Bark da Zoomed que é composto por cascas de arvores especialmente tratada. Outra opção é um carpete ou grama sintética, ambos também dedicados a répteis. Estes últimos são realmente ótimos e práticos.
Primeiro tire a Terra. Tamanho ideal é sempre em proporção ao tamanho do animal, lembre-se que Jabutis ficam grandes... Quanto ao bebedouro, um pratinho destes de vaso de planta geralmente permitem que jabutis pequenos entrem e saiam com facilidade e se for necessário coloque umas pedras dentro como degrau.
Este animal também é sujeito à Sindrome metabólica esquelética caso não receba iluminação adequada.
Higiene
A higiene é imprescindível para a manutenção de répteis em cativeiro. Recomenda-se que a limpeza dos terrários seja freqüente e a troca de água seja diária. Os excrementos devem ser retirados antes da limpeza. Os utensílios de cada terrário devem ser exclusivos, evitando carrear microorganismos de um local para outro. Comedouros e bebedouros devem ser limpos após o uso. Antes de ocupar um terrário com novos animais, precerde-se-á a desinfecção. Os desinfetantes à base de fenóis não devem ser usados, pois são normalmente ineficazes no combate à Pseudomonas, um microorganismo freqüente nos terrários. Um desinfetante eficiente e de baixo custo é o hipoclorito de sódio (água sanitária), diluído na proporção de 3% em desinfecções rotineiras. O iodofór (iodo orgânico) é eficaz contra vírus, bactérias e fungos e bastante seguro para os répteis. na prática, o agente químico de desinfecção deve permanecer em contato com as superfícies por 15 a 30 minutos, antes de serem enxaguadas. A maioria dos desinfetantes são inativos em presença de material orgânico, sendo portanto necessária a limpeza de excrementos e detritos antes da desinfecção.
Não é preciso que a higiene das instalações se torne uma obsessão. Basta adotar práticas que passem a ser rotinas de trabalho.
Este animal é protegido pelo IBAMA e esta na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção publicada (Portaria no 1.522, de 19 de dezembro de 1989). Como todos os animais silvestres, requerem autorização especial do IBAMA para serem criados em cativeiro.
FILO: Chordata
CLASSE: Reptilia
ORDEM: Chelonoidis
SUBORDEM:Cryptodira
FAMILIA: Testudinidae
GÊNERO: Geochelone
NOME CIENTIFICO: Geochelone denticulata
NOME EM INGLES: Yellow-Footed Tortoise
NOME COMUM: Jabuti-tinga
CARACTERÍSITCAS:
Tamanho: Os machos são menores que as fêmeas, podendo atingir até cerca de 40 cm de comprimento. As fêmeas chegam até 70 cm.
Peso: 6 a 12 kg
Maturidade Sexual: entre 5 e 7 anos
Época de reprodução: Primavera/verão.
Nº de ovos: 6 ou 7, mas alguns autores mencionam posturas de 15 a 20 ovos.
Incubação: de seis a nove meses.
Tempo de Vida: em torno de 80 anos
Sua manutenção também requer grandes espaços, observando-se todos os cuidados com tipo de piso e temperatura, uma vez que também são animais usualmente mantidos em recintos abertos.
Esta espécie caracteriza-se por uma coloração em geral mais clara que a precedente. A denominação denticulada provém dos dentículos que os filhotes apresentam nas bordas das escamas marginais da carapaça. à medida que os animais vão se desenvolvendo, perdem os dentículos, mas conservam o colorido amarelado.
É nitidamente maior que o Geochelone carbonaria. É na verdade a maior espécie de jabuti da América do Sul e habita florestas densas.
Habitat: norte de Brasil, tendo também hábitos mais florestais.
Alimentação
Os jabutis, ao contrário do que muitas pessoas pensam, devem receber uma dieta de qualidade e bem diversificada. Em cativeiro podem ser mantidos com camundongos abatidos ou carne como suplemento de cálcio (em dias alternados). Frutas: uvas, abóboras, bananas, mamão, pêras. Flores: pétalas de rosa*, flores de hibisco e de ipê-amarelo. Verduras: escarola, e um pouco de carne moída e cogumelos. Duas ou três vezes por semana pulverizar sobre o alimento, um suplemento alimentar, como por exemplo o Vionate. No caso de filhotes, pique tudo bem miudinho. Água à vontade.
* As pétalas devem ser de rosas cultivadas em quintais e não de floriculturas, pois caso contrário estarão impregnadas de herbicidas, o que pode ser fatal para os animais.
Reprodução
Nem sempre é possível identificar o sexo dos répteis, visto que em boa parte das espécies não há diformismo sexual e alguns caracteres sexuais externos são visualizados apenas na época da reprodução.
Nos jabutis uma das principais características é o plastrão, que nos machos é côncavo e nas fêmeas é reto, ou mesmo convexo. Isso facilita o procedimento da cópula, de modo que o macho possa encaixar-se sobre a fêmea. O orifício cloacal nos machos está situado mais afastado do plastrão que nas fêmeas. Em função das fêmeas porém ovos, suas placas anais formam um ângulo mais pronunciado que nos machos, facilitando assim a saída dos ovos, no momento da postura.
O período reprodutivo é determinado pelas estações do ano e ocorre principalmente a partir do mês de outubro, tendo seu ápice em janeiro. Essas épocas podem variar um pouco, de região para região. Os machos devem ser maiores que as fêmeas para que com seu peso possam ter maiores chances de fecundá-las.
Quando existe mais de um macho, eles vão disputar a fêmea, os machos recolhem a cabeça e batem repetidamente seus cascos um nos dos outros, mas não chegam a se machucar. Como nem sempre a fêmea aceita o macho, os criadores que têm vários Jabutis os deixam juntos para aumentar as chances de cruzamento. Ao acasalar, o macho emite um chiado típico. Os jabutis costumam enterrar os seus ovos em local que lhes parecer mais apropriado, em geral onde bate muito sol e a terra tem consistência que lhes permite cavar. Esses animais não camuflam o lugar, o que torna possível identificá-lo pela terra remexida.
Os ovos devem ser recolhidos porque dificilmente ocorrem as condições ideais de temperatura e umidade para eclodirem. Uma vez localizados, é preciso não mudá-los de posição. Marque-os com um "x", a lápis, na parte superior para melhor controle.
Os ovos dos jabutis não devem ser virados, pois por não possuírem os mesmos mecanismos de proteção interna existentes nos ovos das aves, fatalmente o embrião pode sofrer danos mecânicos. Ainda, também para que tenha sucesso incubando ovos de jabutis, é importante a existência de bons machos, pois é muito comum que as fêmeas realizem posturas com ovos não fecundados
Os ovos devem ser submetidos a uma temperatura média de pelo menos 27ºC, para serem ecundados. O ideal é que logo após a postura os ovos seja colocados em uma incubadora, com altura de aproximadamente de 40cm, que pode ser feita com um aquário, contendo uma lâmina de água de 8cm e tendo uns 2cm acima desta lâmina uma tela na qual devem ser colocados os ovos. A água então deve estar permanentemente aquecida a 28ºC. Pode-se colocar um aquecedor na água com termostato e um termômetro para controlar a temperatura. A incubadora deve estar fechada, podendo ser mesmo um plástico cobrindo o aquário, mas bem fixo com uma fita adesiva. Nessa condições, se os ovos estiverem fecundado, os filhotes devem nascer em torno de 6 meses.
Assim que os jabutizinhos nascerem devem ser retirados da maternidade e devem ser colocados dentro de uma bacia. Por cima, ponha lâmpadas de 25 a 60 watts. Mantenha-os em ambiente fechado, para manter a temperatura ao redor de 26 graus. Não é necessário oferecer alimentos pois eles só começam a se alimentar com um mês de idade. Até lá, nutrem-se com a reserva vitelínea que mantêm no abdômen ao saírem do ovo. Basta colocar uma vasilha rasa com água para beberem. Quando completarem um mês, podem ser transferidos para junto dos pais.
É importante atendê-los com uma dieta balanceada, satisfazendo assim e principalmente às exigências de vitamina A.
Terrário
Em princípio, pense em utilizar substratos que tenham as seguintes características:
O local deve ser fácil de manter a higiene do recinto;
Não deve encharque com facilidade;
Os objetos colocados dentro do terrário devem ter um tamanho grande, o suficiente para não ser engolido pelo animal (Jabutis gostam de engolir coisas bizarras...);
O piso não deve ser abrasivo ou cortante;
Tem que oferecer um certo conforto térmico;
Deve ser prático e barato.
Nota-se portanto que não é tão simples assim escolher um substrato. Descarte, areia ou terra, muito menos serragem. Folha de jornal é bom e prático, porém não é esteticamente agradável. Existe um substrato chamado Repti Bark da Zoomed que é composto por cascas de arvores especialmente tratada. Outra opção é um carpete ou grama sintética, ambos também dedicados a répteis. Estes últimos são realmente ótimos e práticos.
Primeiro tire a Terra. Tamanho ideal é sempre em proporção ao tamanho do animal, lembre-se que Jabutis ficam grandes... Quanto ao bebedouro, um pratinho destes de vaso de planta geralmente permitem que jabutis pequenos entrem e saiam com facilidade e se for necessário coloque umas pedras dentro como degrau.
Este animal também é sujeito à Sindrome metabólica esquelética caso não receba iluminação adequada.
Higiene
A higiene é imprescindível para a manutenção de répteis em cativeiro. Recomenda-se que a limpeza dos terrários seja freqüente e a troca de água seja diária. Os excrementos devem ser retirados antes da limpeza. Os utensílios de cada terrário devem ser exclusivos, evitando carrear microorganismos de um local para outro. Comedouros e bebedouros devem ser limpos após o uso. Antes de ocupar um terrário com novos animais, precerde-se-á a desinfecção. Os desinfetantes à base de fenóis não devem ser usados, pois são normalmente ineficazes no combate à Pseudomonas, um microorganismo freqüente nos terrários. Um desinfetante eficiente e de baixo custo é o hipoclorito de sódio (água sanitária), diluído na proporção de 3% em desinfecções rotineiras. O iodofór (iodo orgânico) é eficaz contra vírus, bactérias e fungos e bastante seguro para os répteis. na prática, o agente químico de desinfecção deve permanecer em contato com as superfícies por 15 a 30 minutos, antes de serem enxaguadas. A maioria dos desinfetantes são inativos em presença de material orgânico, sendo portanto necessária a limpeza de excrementos e detritos antes da desinfecção.
Não é preciso que a higiene das instalações se torne uma obsessão. Basta adotar práticas que passem a ser rotinas de trabalho.
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